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Robert Scheidt avalia a carreira após oitavo título


Robert Scheidt veleja para o título (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)

Direto de Fortaleza (CE) – Aos 32 anos, Robert Scheidt se surpreende com o próprio desempenho na classe Laser. São mais de cem títulos acumulados, sendo oito mundiais – com esse conquistado em Fortaleza – e dois olímpicos. Ao final da segunda regata de hoje, o brasileiro fez uma avaliação da carreira em uma entrevista coletiva à imprensa. “Sinceramente eu não imaginava com essa idade ainda estar velejando de Laser, ainda mais com esse desempenho”, disse.

“Desde o começo do ano eu coloquei esse campeonato como o principal objetivo, foi muito importante vencê-lo, ainda mais no Brasil. Chegar aqui como favorito e sair como campeão é uma superação ainda maior. É difícil administrar esse favoritismo”, avaliou o campeão.

Segundo o campeão, as duas regatas de hoje foram históricas. “Quando entrei na água e vi esse vento de 30 nós com essas ondas enormes, passaram mil coisas na minha cabeça. Na primeira regata eu fui super conservador, o neozelandês me passou e eu pensei ‘vá com Deus!’ Já na segunda eu não tinha pressão por resultados, daí fui bem radical. Arrisquei tudo na largada e quando vi já estava em primeiro com muita vantagem”, contou.

O fator psicológico foi fundamental para o título. “A cabeça foi muito importante. Focava sempre em cada regata, uma a uma, pensando nos adversários, em como tirar o máximo do meu barco. Essa clareza de pensamentos me ajudou a tomar as decisões certas e foi muito bom para a minha performance”, disse.

Scheidt na Star – “Mudar de classe é uma decisão que eu tenho que tomar sem estar envolvido nas emoções de ganhar um título. Mas em breve vou ter que tomar essa decisão e anunciá-la”, disse o velejador. “Com isso terá a possibilidade de um novo desafio, de aumentar meus conhecimentos de vela e mudar um poucos as coisas, para trazer uma motivação nova. Ao mesmo tempo, a classe Laser mora no meu coração, na qual eu tenho o maior prazer em velejar e que será difícil deixar de lado”, disse o brasileiro.

Mas, no caso de decidir por mudar de classe, “a Star é uma certeza, pelas semelhanças no barco e experiências que eu já tive na classe”, comentou. Em fevereiro, Robert Scheidt foi sexto colocado no mundial de Star na Argentina ao lado do proeiro Bruno Prada.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa