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Roberta Borsari conquista mais uma medalha internacional

Redação Webventure/ Rafting e canoagem

Roberta e o bronze na Califórnia (foto: Divulgação)
Roberta e o bronze na Califórnia (foto: Divulgação)

No último fim de semana, Roberta Borsari garantiu a terceira colocação no Festival Mundial de Kayaksurf, realizado na Califórnia. Em sua quarta participação na competição, este foi o melhor resultado da brasileira, que promete dedicar-se este ano em seu projeto social de formação de atletas.

“Na minha primeira participação fiquei no 7° lugar, e nos dois últimos anos eu fiquei em 4°. Esta medalha foi muito legal, é muito gratificante. Foi uma prova super legal pelas condições de onda, ano passado não passaram de 1 metro e este ano teve uma oscilação, mas a final teve ondas de 2 metros. Para quem estava na praia foi gratificante”, contou a kayaksurfer. “Estava na expectativa da prova e estava pilhada com o tamanho das ondas, as adversárias mesmo estavam espantadas, mas tive que me controlar. Foi um desafio pessoal”, relembrou.

As duas primeiras colocações ficaram com as norte-americanas Rachel Krugman e Devon Baker. Mas o grande desafio da prova não eram só as adversárias, mas sim a estratégia que era preciso ser montada para cada bateria. “A qualidade das ondas é ótima, mas elas são longas. Então você surfava por vários minutos, quase um quilômetro. São vinte minutos de bateria, você pode pegar 10 ondas e, no meu caso, peguei no máximo 3 ondas. Nessas condições, a estratégia é muito importante; uma escolha errada pode fazer você perder um swell bom, ou perder a bateria mesmo”, explicou Borsari, que ressaltou a importância da preparação física no kayaksurf.

Roberta teve alguns dias de adaptação antes da prova, o que considerou fundamental para o bom desempenho na prova; “Um ponto que fez diferença foi a temperatura da água e ondulação. Aqui no Brasil é verão, ondulações fracas e águas mais quentes. Minhas adversárias estavam no auge da temporada do inverno, então foi ótimo ter ido antes e ter feito adaptação, foram dias valiosos. A água é muito gelada. Já surfei no norte da Irlanda e a água é mais “quente”. A corrente do Alasca que vai para a Califórnia é congelante; eu usava lycra, neoprene, outra blusa de neoprene”.

Planos para o resto do ano – A atleta pretende se dedicar este ano aos seus projetos de alavancar a procura e prática do kayaksurf. “Quero me dedicar ao Kayaksuf Clube, fazer minhas clínicas e atividades, pois estão me cobrando. As pessoas vêem os resultados e querem saber quais são os primeiros passos. Já que cumpri meu papel como atleta, quero desenvolver a modalidade, o que não consegui fazer ano passado”.

Roberta vê a procura da modalidade crescer entre as mulheres graças a outra modalidade e competições nacionais. “Corrida de aventura proporcionou que as mulheres tenham acesso à canoagem e às modalidades mais radicais da canoagem. Ainda temos poucas mulheres no esporte, aqui no Brasil eu sou a única a correr o circuito nacional, estou na categoria masculina”, declarou a atleta que já tem cerca de 10 anos na modalidade.

Este texto foi escrito por: Bruna Didario

Last modified: abril 1, 2010

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