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Roberta Borsari estréia com vitória no Mundial de Kayaksurf 2007


Mundial já começou em Bakio (foto: Roberta Borsari estréia com vitória no Mundial de Kayaksurf 2007)

Confira abaixo o relato da canoísta Roberta Borsari sobre sua primeira participação no Mundial de Kayaksurf 2007, que está sendo realizado na Espanha. Bebeta, que é a única representante brasileira no feminino, estreou com vitória. Confira!

Depois de dias de treinos em Mundaka, Bakio e San Sebatian, finalmente chegou o momento da estréia no Mundial de Kayaksurf 2007. A primeira bateria é sempre mais tensa para todos os atletas.

É comum você ouvir canoístas comentando que não foi seu melhor dia, que os braços pareciam estar mais pesados ou então que os 20 minutos de bateria cansam muito mais do que duas horas de freesurf. Afinal todos se preparam durante meses e ninguém quer voltar para casa já no primeiro dia.

Vale lembrar que de uma maneira geral os campeonatos de kayaksurf são iguais aos campeonatos de surf de prancha. Acontecem através de baterias de 20 minutos de duração, com a participação de quatro atletas, em que os dois primeiros colocados seguem adiante para o próximo ”round” e os demais ficam para trás.

São contabilizadas as três melhores notas e a performance do canoísta é avaliada pelo grau de dificuldade da manobra, momento crítico da onda em que a manobra é realizada, controle sobre a manobra, tamanho da onda e outras análises. Vale lembrar que o kayaksurf é um esporte ”SURF” onde as manobras devem acontecer somente na parede da onda, diferente do freestyle onde os caiaques fazem manobras na espuma.

A previsão era de ondas de 1m para o final de semana, mas não foi o que aconteceu. Mundaka está praticamente sem ondas e a competição teve seus primeiros dias em Bakio. Caso entre a ondulação, a prova será transferida para Mundaka. As primeiras baterias aconteceram com meio metro. Na parte da manha o mar estava liso sem nada de vento, já na parte da tarde o vento atrapalhava mais.

O campeonato está muito bem organizado. As provas acontecem simultaneamente em dois picos na praia de Bakio. Existem dois palanques com estruturas independentes, o que deixa tudo mais ágil e amplo.

O dia amanheceu com cerca de 5ºC numa manhã ensolarada e extremamente gelada. A minha bateria aconteceu por volta das 10h da manha e a temperatura já estava melhor. E apesar do mar estar com apenas meio metro, as ondas estavam lisinhas.

A vitória – Competi com uma americana, uma inglesa e uma canoista de Wales. Apesar da tensão inicial, ao final da bateria sabia que tinha ido bem. E esta sensação é muito boa, pois nem sempre é assim, você sempre fica na dúvida!

Os resultados não demoraram muito a sair. Pela primeira vez em um Mundial eu levei a minha bateria e fiquei em primeiro lugar. Fiquei muito feliz, pois não é fácil ficar em primeiro em uma prova como este peso! Mas sei que esta foi só uma etapa e o que vem pela frente não será nada fácil. O campeonato está cheio de boas competidoras acostumadas a remar no frio.

Na parte da tarde, já com as ondas um pouco mais mexidas por causa do vento, o Maurício competiu com mais dois canoístas da Irlanda e Inglaterra. O quarto participante não compareceu (não sabemos por que). Maurício ficou em segundo lugar.

Nesta segunda-feira não haverá provas individuais e sim as provas de times. Os países que tem seu time completo em todas as categorias (Feminino, Open, Junior e Master) disputam o ranking por times.

Os países como Brasil, Japão, Costa Rica, Canadá, Suécia, Portugal e Austrália, que não tem equipe completa, formam o ”Time Internacional” e correm as baterias também. É isso aí, passada a adrenalina da estréia, vamos em frente!

Bebeta.

Este texto foi escrito por: Roberta Borsari