Roberta Stopa (foto: Divulgação)
Roberta Stopa, ciclista de Juiz de Fora (MG) convidada para integrar a seleção brasileira de atletas para competir no Mundial de MTB em Rotorua, Nova Zelândia, falou ontem com a Redação do Webventure e contou as primeiras impressões sobre a sede do campeonato de mountain bike mais importante do ano.
Confira o depoimento da experiente atleta que conta detalhes da chegada da comitiva brasileira na fria e úmida Rotorua.
A gente chegou na terça-feira, uma e pouco da tarde (na madrugada de quarta-feira no Brasil ) e ainda não fomos para o local onde é a concentração. A gente teve um problema de logística, porque o vôo de Auckland a Rotorua é doméstico e os aviões são pequenos. Assim, não deu para trazer todas as bikes, ficou dividido um pouco nos vôos.
Ainda estão faltando duas bikes dos atletas para chegarem aqui no hotel. Então a gente está aqui agora de manhã (no Brasil 18 horas de quarta-feira e em Rotorua 9 horas da manhã de quinta-feira) montando as bikes de quem já chegou. No aeroporto ficou a bike do Ricardo Pscheidt. Algumas que faltavam chegaram hoje de manhã e deve estar vindo.
Estamos aqui todos juntos no mesmo hotel e não tivemos oportunidade de conversar muito. Só nos vimos dentro do avião e nos aeroportos nas esperas dos próximos vôos, mas foi aquele papo mesmo, ansiedade de chegar aqui, querer ver a cidade, a infra-estrutura do local enfim, tudo. Acho que agora que a gente vai começar a se enturmar, cada um vai sair às vezes sozinho para passear e tudo e daí começam a surgir novidades, daí começam a nascer as historinhas.
O clima aqui durante a viagem toda foi de muita brincadeira, muita descontração até chegar aqui. A delegação brasileira está toda aqui no mesmo hotel e tem outros atletas estrangeiros também. No café da manhã vimos a delegação francesa.
A gente chegou aqui com frio, estava 9º C e na quarta-feira de manhã estava fazendo 4º C. Mas tem sol. O frio é grande e venta muito. Alguns atletas que chegaram antes de nós já saíram pra rodar no final de tarde e foram até onde vai ser a corrida. Falaram que está bem molhado o terreno e a expectativa nossa é que não chova. Que faça frio, mas não chova porque senão fica mais complicado, aí vira loteria, não é mais o preparo físico e a performance de cada um.
Com esse frio, a gente vai ter que usar manguito (peça do vestuário que cobre os braços como se fosse uma manga de uma camisa, uma proteção contra o frio em dias de meia estação que pode ser removida facilmente), pernito (peça do vestuário que cobre as pernas como se fosse uma calça, usada em clima frio) e sair bastante agasalhado, porque além do frio o vento está muito gelado.
Eu estava lá fora montando a minha bicicleta, mas fiquei com as pontinhas dos dedos todas duras, bem geladinha!. Então a gente vai ter que se agasalhar bastante e tomar cuidado com esse frio aí para chegar bem no dia 27 de agosto (fim da competição).
Sobre Rotorua ser o paraíso do mountain bike
Ainda não tivemos a oportunidade de sair para conversar, a gente vai fazer isso agora. Vai sair o grupo todo para dar um pedal, conhecer um pouco a cidade, andar um pouco no centro. Na verdade antes de sair do Brasil eu cheguei a dar uma olhada e tal e eu vi que a Nova Zelândia em geral é considerada o país dos esportes de aventura.
Quando paramos no aeroporto em Auckland, para ficar esperando seis horas o vôo para Rotorua, compramos uns livros e tentamos nos empenhar ao máximo para saber o que tem aqui em Rotorua. Compramos uma revista que fala tudo sobre o campeonato, o que vai acontecer, horários, locais, bem legal. Aqui tem um parque enorme onde vai ser mesmo o campeonato e tem trilha de bicicleta para tudo quanto é lugar. Aqui é a cidade das bikes.
A atleta Roberta Stopa tem o patrocínio de Amazonas e Fuji, apoios de Sram, Giro e GU.
Este texto foi escrito por: Roberta Stopa