Mattheis poderá trocar de categoria em 2011 (foto: Marcelo Maragni)
Rodolpho Mattheis foi o melhor brasileiro nas motos no Rally Dakar 2010, terminando na 29ª colocação. Mesmo sentindo que cumpriu seu dever ao completar a prova, o piloto ficou um pouco decepcionado por não ter vencido a categoria em que foi campeão em 2009, a Marathon.
Para 2011, Mattheis e a equipe Petrobras Lubrax têm novos planos. A ideia do time é trocar a moto que o brasileiro usa por uma melhor e, quem sabe, mudar também de categoria. Segundo Rodolpho, mudar para a Super Production teria vantagens e desvantagens.
As chances de resultado na categoria Marathon, para mim, são muito maiores. Porque, quando eu for para a Super Production, eu estarei brigando com Cyril Despres e com Marc Coma, então é muito maior a competitividade. Mas, com certeza, trocando de categoria eu terei um resultado melhor na geral, explicou o piloto.
Considerada muito mais difícil do que a competição do ano passado, o Dakar terminou, no dia 17 de janeiro, com metade dos pilotos que largaram no dia 1º. De acordo com Mattheis, esse fato dá-se em decorrência da extensão e do maior tempo no deserto do Atacama.
As etapas foram mais longas, o tempo no deserto foi maior. No ano passado, foram três dias e, este ano, foram sete no Atacama. E, como consequência de mais dias no deserto, a quantidade e o nível de navegação é maior, além do nível de dificuldade para o equipamento ser muito maior, disse.
Escola – Rodolpho Mattheis participou pela segunda vez do maior rali do mundo. Para tanto, o brasileiro teve ao seu lado dois grandes nomes do esporte nacional: os irmãos André e Jean Azevedo. Segundo o piloto, ambos o ajudaram muito durante sua adaptação às competições off-road, antes mesmo de entrar para a equipe. Em 2010, no entanto, as coisas foram um pouco mais complicadas devido a algumas circunstâncias da prova.
A minha escola de rali foi 100% na equipe Petrobras. Antes de eu entrar, o Jean me passou toda sua experiência de moto. Depois que eu entrei, até o ano passado principalmente, eles sempre me passavam dicas para eu poder aplicar no rali. Esse ano, por outro lado, foi muito mais corrido, porque o Jean estava tendo muitos problemas e o André, no início, teve problemas, além de que os horários eram muito diferentes, explicou.
Para o resto da temporada, Rodolpho ainda não sabe exatamente de quais competições irá participar, pois ainda não conversou com o resto da equipe. Mesmo assim, o Rally dos Sertões deve ser mesmo a única disputa na qual o piloto correrá.
Sempre depois do Dakar, nós sentamos e traçamos as metas para o ano. Mas nós ainda não conversamos. Inicialmente, eu devo fazer o Sertões, visando um bom resultado nessa competição. O Campeonato Brasileiro eu acho muito pouco provável de nós competirmos, já que estamos mais focados em provas de rali com navegação. Prova de Baja não é o foco principal, finalizou Mattheis.
Este texto foi escrito por: Caio Martins
Last modified: janeiro 19, 2010