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Rodolpho Mattheis e Zé Hélio estão tristes com a estréia cancelada


Zé Hélio correria pela Honda Europa (foto: Divulgação)

Um ano inteiro de preparação e ansiedade para duas jovens promessas brasileiras, que viram o sonho acabar um dia antes da largada. Na manhã desta sexta-feira (4), a organização do Rally Dakar cancelou a edição deste ano, pondo fim ao sonho de Rodolpho Mattheis e Zé Hélio, que estreariam na competição.

Rodolpho, de 25 anos, cresceu em contato com a velocidade, nos boxes da equipe de seu pai na Stock Car. Mas foram as competições de cross-country que chamaram a atenção do piloto, que abandonou a faculdade de engenharia e mudou de cidade para se dedicar 100% ao esporte. “Estou muito triste, é uma decepção. Toda a preparação, meu primeiro Dakar, estou muito triste. É pior que a perda de uma namorada”, disse o piloto.

Zé Hélio, com 28 anos e tri-campeão do Rally dos Sertões, correria a convite da Honda Europa, com grandes chances de conquistar bons resultados. Triste e desapontado, o piloto desabafa: “É complicado. Agora é procurar outros caminhos. Não adianta ficar chorando. Para mim está sendo muito difícil, pois o convite da Honda Europa foi a única chance que tive até hoje”, comentou.

Ambos ainda não sabem direito o que fazer. Logo após o anúncio do cancelamento, Mattheis começou a desmontar sua moto para trazer algumas peças para o Brasil. Já Zé Hélio, fará uma reunião com os dirigentes da Honda para decidir o seu futuro: “não sei se o convite de correr no Dakar fica para o ano que vem ou usamos o equipamento para correr no Campeonato Mundial”, disse o piloto.

Volta ao Brasil – Sem saber ao certo quando retorna ao país, Rodolpho irá se dedicar às provas nacionais durante o ano de 2008. “Estava com uma vontade ‘danada’, apreensivo, não agüentava mais esperar. Agora é esperar tudo de novo e torcer para ter outra chance de poder voltar e correr o Dakar. A tristeza é enorme. Mas bola pra frente”, lamentou Mattheis.

Mesmo com a tristeza, o piloto sabe que a decisão foi acertada. “Se for para segurança dos pilotos e de todos os envolvidos, acho que a solução foi certa. Não dá para correr nenhum risco”, conclui.

Este texto foi escrito por: Thiago Padovanni