Raineri subiu com o auxílio de oxigênio suplementar graças as más condições climáticas (foto: Rodrigo Raineri)
O montanhista brasileiro Rodrigo Raineri chegou ao cume do monte Everest, a maior montanha do planeta (8.848 metros de altitude), na última terça-feira (27), às 15h, horário do Nepal. Ele, e o companheiro Eduardo Keppke, iniciaram o ataque final ao topo do mundo na segunda-feira (26). Ao todo, foram 17 horas para chegar ao cume.
“Nunca tive tantos problemas em uma escalada, como tive nessa. O cantil que levo nas costas, embaixo da roupa para não congelar, vazou. Escorreu água nas minas costas, na perna e botas”, comentou o brasileiro.
Eles ficaram cerca de 32 horas sem contato com o Brasil, já que a bateria do telefone satelital de Rodrigo congelou durante a subida ao cume. Na noite da terça-feira (horário de Brasília), eles conseguiram realizar o primeiro contato, no Acampamento 4, e já estão descendo rumo ao acampamento base.
Missão cumprida – Raineri concluiu o objetivo da sua expedição ao lado do cirurgião plástico Eduardo Keppke, ambos com o auxílio de oxigênio suplementar. Raineri planejava não utilizar tal recurso, mas graças ao tempo ruim no alto do monte, com ventos fortes de 60 km/h e temperatura de 50 graus negativos, o que ofereceria grandes riscos ao montanhista, ele decidiu pelo uso dos cilindros de oxigênio.
A expedição passou por diversas provações desde o seu início. A perda da mala de Keppke no aeroporto de Londres que impossibilitou, por alguns dias, que os brasileiros seguissem para além do Acampamento Base, a dificuldade de montar os acampamentos em locais seguros, a comida nem sempre suficiente, horas de caminhada, o fechamento do monte para a passagem da tocha olímpica, além do frio e dos ventos muito fortes. Aproximadamente 190 expedições já chegaram ao topo do Everest nesta temporada.
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Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: maio 28, 2008