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Roldan passa de fã a navegador do Dakar


Para Lourival Roldan Dakar era um sonho. (foto: Luciana de Oliveira)

Lourival Roldan não está apenas animado com a notícia de que vai ser o navegador de Klever Kolberg no próximo rali Paris-Dakar. Ele está emocionado. O anúncio da parceria foi feito ontem, quando a Equipe BR Lubrax retornou ao Brasil depois dos 17 dias de Dakar 2002.

Neste ano, Klever ainda correu ao lado do francês Pascal Larroque, mas principalmente porque deveria cumprir o contrato com o navegador. A opção por Roldan, com quem Klever faz dupla em provas nacionais, já havia sido feita.

“Eu lia sobre o Dakar nas revistas, via na TV… parecia completamente inatingível”, lembra Roldan, que começou em ralis em 1985. Até 94 obteve títulos paulistas e cariocas de off-road. Na mesma época teve o primeiro contato com a Equipe BR Lubrax: pediu autógrafos aos pilotos ao encontrá-los no Salão do Automóvel.

A partir de 95 entrou para a organização do Mitsubishi Motorsports, campeonato de ralis para veículos da marca. Em 96, foi campeão brasileiro de rali de velocidade como navegador do piloto Reinaldo Varela.

Parceria de sucesso – A dupla com Klever começou em 2000, no Rally dos Sertões. “Ele vinha de uma temporada difícil, não conseguiu terminar o Dakar e também quebramos no Sertões. Mas na última prova daquele ano, o Rally dos Amigos, ganhamos, mesmo com o odômetro sem funcionar, e aquilo o animou bastante para o Dakar seguinte”, recorda Roldan. Eles retomaram a parceria no Sertões e na Copa Baja 2001, disputando sempre as primeiras posições.

Mas ainda faltava o Dakar. “Eu tinha uma expectativa, pensava: ‘será que um dia eu vou?´…”, comenta. Até que chegou a notícia e agora Roldan passa de fã de Klever e seus companheiros a um deles na maior prova off-road do mundo.

“Agora vou me preparar para poder encarar este desafio”, planeja o navegador, com um largo sorriso. Entre os pontos a serem aperfeiçoados, ele destaca o francês – língua mais usada na comunicação no Dakar; a preparação física para ganhar mais resistência; e “aprender a desatolar um carro na areia”. Neste mês, Roldan fez um ‘intensivo’ para conhecer melhor e aprender a solucionar problemas na parte elétrica da Pajero que Klever usa no rali. Para ele, o Dakar 2003 já começou.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira