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Rose: emoção e razão para virar símbolo do Costa do Sol


Rosângela na prova de canoagem: esforço (foto: Luciana de Oliveira)

João Pessoa (PB) – Supermulher? Iron Woman??? Com apelidos como esses Rosângela Hoettpner, 37 anos, mãe de três filhos, se tornou símbolo do Desafio Costa do Sol 2000, encerrado hoje, na Paraíba. Ela chegou aos prantos ao PC 11, onde se iniciava o último trecho dos mais de 240km da corrida de aventura. “Não acredito que conseguimos. Pensamos em desistir, mas estamos aqui”, vibrava. Àquela altura sua equipe, a Terra de Santa Cruz, percebeu que só precisaria completar os 11km de canoagem para ser campeã.

Essa foi a única vez em que “Rose” chegou a um posto de controle se deixando levar pela emoção. Normalmente, ela aparecia apressada e sempre dava a deixa para a saída do time: “estamos perdendo muito tempo aqui. ‘Bora!”. Rumo ao próximo posto, a atleta imprimia seu ritmo acelerado e constante, abrindo distância em relação aos companheiros. Mas sempre havia tempo para o creme e o batom… “Não tire meu capacete, estou feia, despenteada”, reclamou a um concorrente que tentava acalmá-la no PC 11.

Guns n’Roses – Apesar da postura forte e racional, Rose travou uma guerra emocional com os demais membros da Santa Cruz – todos triatletas, como ela -, sobretudo com Walman Rosas. “São dois gênios fortes, eles quase saíram no tapa ontem à noite”, explica outro companheiro, Emanuel. “No fim, acaba tudo bem. Acho que devíamos mudar o nome da equipe para Guns n’Roses.”

Esta foi a segunda corrida de aventura para Rosângela. Ela participou da EMA 98 e depois se dedicou basicamente ao triatlo; vai representar o Brasil no Ironman 2000 no dia 14 de outubro (em 99, foi a quarta do mundo). “Eu não venho para competir, mas para ganhar”; “Eles têm de entender que as mulheres fazem a diferença”: com frases de efeito como essas, ela conquistou a simpatia das demais atletas. Nesta segunda edição, o Costa do Sol teve sete mulheres, quatro a mais que em 99. Todas querendo ter seus dias de Rose…

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira