O austríaco Manfred Ruhmer, atual campeão mundial, reinou absoluto anteontem, na Praia do Pepino, e sagrou-se bicampeão do II Campeonato Internacional Rio Cidade Maravilhosa de Vôo Livre, com 4.866 pontos. Beto Schimtz, campeão brasileiro, acabou em segundo com 4.718 pontos.
“Vencer desta vez foi ainda mais difícil do que no ano passado porque o percurso agora é mais curto e temos menos tempo para tomar decisões”, explicou o piloto austríaco.
Ruhmer confirmou seu favoritismo na tática e também no equipamento. Na bateria final, optou por seguir primeiro para o segundo pilão (ponto de referência que deve ser fotografado) e se deu bem. A qualidade de sua asa-delta também ajudou, permitindo que ele voasse a uma velocidade bem superior à de seus adversários. “Meu equipamento é melhor, mas não é muito melhor”, afirmou.
Deslize – Entre os brasileiros, apenas dois conseguiram ameaçar o reinado do austríaco: Luís Niemeyer e Beto Schimtz. Niemeyer foi eliminado por Ruhmer nas semifinais, numa decisão que causou polêmica. Na hora de pousar, o brasileiro foi traído pelo vento e tocou com o trapézio de sua asa-delta na areia, perdendo todos os pontos do pouso (a prova dá até cem pontos para o pouso e 900 para o vôo). Ele alegou que o que tinha tocado era uma rabeta, que se quebrou. A organização do torneio, porém, não aceitou a explicação de Niemeyer, que terminou em quarto lugar.
Com a decisão, só restou Beto Schimtz, que chegou à bateria final com Manfred e o tcheco Thomas Suchaneck. Fez um bom vôo, mas desceu fora da área delimitada para o pouso, acabando com as esperanças de vitória brasileira.
Outro destaque estrangeiro na competição foi a alemã Corinna Schwiegershausen. Única mulher na disputa, ela deixou muitos adversários para trás e ficou em 11º lugar, com 3.845 pontos. Em um de seus pousos, chegou a descer exatamente sobre o alvo na areia (a mosca) e garantiu a pontuação máxima.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: novembro 30, 1999