Canoagem teve o nível técnico mais elevado de todas as edições (foto: Alexandre Cappi)
A 9º edição do Ecomotion/Pro ficou marcada pelo elevado grau de dificuldade. Na canoagem, as corredeiras de nível três derrubaram muitos atletas, enquanto nos trekkings de orientação uma equipe ficou perdida por 60 horas.
Apesar do grande desafio, onde apenas cinco equipes conseguiram terminar sem cortes, a nova responsável pela organização, Shubi Guimarães, foi aprovada pela maioria dos participantes. Agora, a expectativa é sobre o que ela prepara para o próximo ano.
Novo pódio. A equipe Greens Brasília Multisport, que causou polêmica após não passar em um dos PCs, acabou sendo rebaixada.
Uma reunião com a própria equipe, organizadores e outros times que entraram com recurso, decidiu que os brasilienses tiveram conduta anti-esportiva por omitir em um primeiro momento que haviam perdido o PC 2. Assim, eles ficaram em sexto lugar, como se fossem a primeira equipe do corte.
Terminei muito longe de onde quero chegar, mas também fui muito além de onde comecei, disse Guilherme Pahl, integrante da equipe penalizada, após a apresentação dos resultados. Foi um grande aprendizado, concluiu emocionado.
Com essa mudança, a QuasarLontra passou para a segunda colocação, a Unimed Terra de Gigantes ficou em terceiro, a BMC Brasil Máquinas em quarto e a Papaventuras em quinto. Em primeiro, o time hispano-brasileiro Columbia-Vidaraid. Confira na galeria ao lado fotos da premiação.
Alto nível. Essa prova foi excepcional, disse Sérgio Zolino, corredor da Brasil Máquinas e organizador de outra corrida de aventura, o Adventure Camp. Ele deu os parabéns para a nova gestão, dizendo que já foi possível perceber uma melhora na prova Foi o melhor mapa que já vi em uma corrida de aventura, completou.
Para Rafael Campos, da QuasarLontra, a prova foi técnica e demorada. “Mostrou uma grande diferença para os anos anteriores e se igualou às competições internacionais. Para ele, o alto nível igualou equipes fortes e medianas, pois todos tiveram dificuldades na localização.
A equipe de Rafael ainda teve um desafio a mais. Quase não largou devido a ausência da integrante que tradicionalmente compõe o time, Tessa Roorda. A Shubi nos apresentou a Carina, que é uma competidora forte e demonstrou disponibilidade e coragem, que é o mais importante, explicou o capitão da equipe.
Na cerimônia de premiação, Shubi Guimarães parabenizou a todos que correram a prova, mesmo aqueles que não completaram o percurso. Imagino que todos aqui saíram corredores melhores.
Ela também disse estar muito satisfeita com o resultado final, apesar de todos falarem que o nível técnico estava alto. Mesmo assim tivemos poucas desistências e poucos acidentes, afirmou.
Para as próximas provas, Shubi promete investir mais em comunicação entre os diversos pontos do percurso e aumentar o staff. Porém, o novo destino ainda é um mistério. Os comentários indicam que poderá ser na região do Jalapão, no Tocantis ou em algum local do Rio Grande do Sul, que ainda não recebeu a prova. Nada ainda foi confirmado.
Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi
Last modified: maio 23, 2012