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Saiba mais sobre os Sete Cumes


No cume do Aconcágua (foto: Arquivo pessoal/ Waldemar Niclevicz)

Uma das escaladas mais desejadas pelos alpinistas do mundo é a conquista dos Sete Cumes, os pontos mais altos do planeta em cada continente. Apesar de existir somente cinco continentes, os alpinistas reajustaram de acordo com as montanhas, dividindo em Ásia, Europa, África, América do Sul, América do Norte, Oceania e Antártida.

Entre quatro e oito mil metros de altitude, as montanhas são: Aconcágua (6.962 m) na Argentina América do Sul, Kilimanjaro (5.891 m) na Tanzânia – África, Elbrus (5.642 m) na Rússia Europa, McKinley (6.194 m) no Alasca América do Norte, Maciço Vinson (4.892 m) na Antártida, a Pirâmide Carstensz (4.884 m) na Indonésia Oceania e o Everest (8.848 m) entre o Nepal e o Tibete Ásia.

Muitos alpinistas levam anos para completar o projeto idealizado pelo norte-americano Dick Bass, autor do livro “Seven Summits”. Mas a primeira investida nos sete picos foi do canadense Patrick Morrow, 1986 e quatro meses depois foi a vez do italiano Reinhold Messner. A partir daí, cerca de 50 alpinistas realizaram as sete escaladas, entre eles apenas um brasileiro, Waldemar Niclevicz.

Entre os destaques dos Sete Cumes está o japonês Tomiyasu Ishikawa que, aos 71 anos de idade, tornou-se o homem mais velho a concluir o projeto no início de 2008, batendo o recorde de Ramón Blanco, que conseguiu o feito aos 70 anos. Para Ishikawa, presidente da associação de alpinistas da província de Aichi, o último monte a ser conquistado era o Vinson, na Antártida.

Outra façanha foi da norte-americana Danielle Fischer no ano de 2005. Aos 20anos de idade, a adolescente que conquistou os Sete Cumes também encara um desafio em sua vida: a escaladora foi diagnosticada com o grau seis do Distúrbio de Déficit de Atenção. Danielle descobriu o alpinismo como forma de “driblar” a doença. “Descubra o que são as suas paixões, porque quando você está se divertindo é capaz de se concentrar em uma meta”, aconselhou a norte-americana.

Waldemar Niclevicz é o único brasileiro que concluiu a escalada dos picos mais altos de cada continente. A primeira foi o Aconcágua, em 1988, realizado pela face Noroeste na Rota Normal, o percurso mais fácil.

Em 95, sua principal conquista: o Everest. Niclevicz, ao lado de Mozart Catão (que faleceu em 1998 por conta de uma avalanche no Aconcágua) foi o primeiro brasileiro a escalar a maior montanha do mundo, com 8.848 metros, realizada pela face sul. Para o alpinista, este foi o maior desafio da carreira e em 2005, comemorou os dez anos da conquista escalando novamente a montanha.

No ano de 1996, o brasileiro realizou três ataques: Vinson, Kilimanjaro e Elbrus. Em um intervalo de cinco meses, Niclevicz conseguiu o feito nas montanhas da Europa, África e Antártida. A primeira foi Elbrus, em julho, que e um vulcão extinto com pistas de esqui; Niclevicz conta que é uma escalada fácil, feita com par de bastões de esqui, botas duplas e grampões.

Em agosto, foi a vez do Kilimanjaro, na Tanzânia, considerada a mais fácil dos Sete Cumes, pois não necessita de nenhum equipamento específico para escalada. A a 960 quilômetros do Pólo Sul, o Vinson contou com grandes dificuldades: vento e frio. Niclevicz atingiu o cume em dezembro de 1996.

As duas últimas restantes para completar o projeto foram concluídas em 1997. McKinley e Carstenz trouxeram situações inusitadas ao brasileiro. A primeira, Waldemar resolveu fazer a Rota Normal sozinho, pois no ano anterior fora acompanhado por Ronaldo Franzen, que teve os pés quase congelados. Lá conviveu com o maior número de tragédias, totalizando cinco mortes.

No Carstenz, conviveu com áreas de diferentes culturas, até mesmo com índios canibais. Esta é a única montanha dos Sete Cumes com uma escalada exclusiva em rocha.

Este texto foi escrito por: Webventure