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Saiba os detalhes da competição e a programação


Piloto de asa-delta voa próximo ao Cristo Redentor (foto: Pedro Arruda/ Divulgação)

Direto do Rio de Janeiro (RJ) – O Red Bull Giants of Rio é um evento único no mundo em termos de esportes. Foi idealizado para confraternizar atletas do mundo todo e necessariamente os melhores. É uma competição de revezamento multiesportiva com natação em mar aberto, mountain bike, vôo livre com asa-delta e corrida na areia, que terá largada no dia 05/12, às 11 horas, da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ).

Foram selecionados os melhores de cada modalidade para estarem na competição e um outro diferencial é que a maioria dos atletas de esportes distintos não se conhecem. Ou seja, é um intercâmbio total, com direito a celular de presente no kit de atleta para que eles possam achar seus companheiros de equipe e se relacionar antes da prova.

Na prova serão 4,3 km de natação, 40 km de mountain bike, 10 km de vôo de asa-delta e 20 km de corrida. A premiação total é de 50 mil dólares, sendo que o primeiro lugar ganha 36 mil reais (ou 12 mil dólares).

Aproximadamente 200 jornalistas, entre brasileiros, estrangeiros e produção da TV Red Bull, foram convidados. Os atletas somam 320 pessoas, e muitos técnicos foram convidados também. No total, estão participando 2 mil pessoas, incluindo o staff do evento.

A largada será as 11 horas, no cenário palco do evento, a praia de Copacabana. O primeiro desafio é vencer os 4.300 metros entre ondas e correntezas do mar, na natação. Após os primeiros 1.200 metros, os nadadores terão que sair da água e correr por 500 metros, para saltar de um trampolim estrategicamente montado na Praia do Leme.

“Será uma prova diferente de tudo que já foi feito. Além da dificuldade da transição, existe a emoção de ser em mar aberto, onde, diferentemente de uma piscina, não se pode controlar a temperatura ou a força das ondas”, explica Alberto Silva, coordenador da prova de natação do Giants of Rio.

Silva é técnico da Seleção Brasileira (disputou as Olimpíadas em Atenas) e supervisor de natação do Clube Pinheiros (em São Paulo). Para ele, esta é uma competição de nível internacional e será boa oportunidade para o Brasil criar identidade própria e organizar mais eventos de grande porte.

Mountain Bike – A transição para o mountain bike será na praia Vermelha, na Urca. A previsão de chegada dos primeiros atletas de natação para a troca de modalidade é 11h30. Mesmo sob o duro asfalto, a organização promete desafiar as bikes desde a “selva de pedra” até a Floresta da Tijuca.

Serão cerca de 40 quilômetros cheios de obstáculos, que colocarão à prova a resistência dos Gigantes, como estão sendo chamados os atletas. As escadarias da Glória e Corcovado farão parte do trajeto, para somar ainda mais adrenalina aos competidores.

De acordo com Tadeu Monteiro, coordenador da modalidade, o percurso do evento vai surpreender até mesmo os bikers mais experientes, com longos trechos urbanos atípicos para atletas acostumados a caminhos de terra – e o esforço de subir e descer escadarias com a bicicleta nas costas serão os principais desafios.

“Será uma prova impactante para os atletas e para o público. A prova passará por alguns dos lugares mais bonitos e tradicionais do Rio, como o Aterro do Flamengo, a Lapa, a Floresta da Tijuca e o Cristo Redentor. E essa paisagem será um incentivo a mais”, explica.

O coordenador já foi campeão brasileiro em 1996, e organiza campeonatos de mountain bike há 10 anos, dentre eles a Copa Ametur. A prova é a única da América Latina que vale pontos para o ranking mundial da modalidade e neste ano serviu como seletiva brasileira para o Giants of Rio.

Por volta das 13 horas devem chegar os primeiros atletas de mountain bike na área de decolagem da Pedra Bonita. Chegou, decolou. O terceiro atleta da equipe, um piloto, estará ansioso na área de decolagem, principalmente pelo bom vento. Voar primeiro que os outros não quer dizer que fará o melhor vôo.

Os atletas decolam da Pedra Bonita e sobrevoarão a cidade do Rio de Janeiro, dando uma volta completa na estátua do Cristo Redentor, passando pela área de mar ao lado do morro do Vidigal, sobrevoando a praia de Ipanema e pousando no Jardim de Alá, no Leblon.

O vôo deve durar 40 minutos e para quem estiver de olho nos céus da Cidade Maravilhosa será um bonito espetáculo. Para o coordenador da modalidade, Frank Brown o último desafio será no pouso. “Os pilotos deverão efetuar um vôo rasante por baixo das balizas que estarão na praia. Para isso, eles têm de estar na velocidade ideal. A técnica será imprescindível”.

Corrida na areia e calçadão – O quarto componente terá de salvar sua equipe ou manter o ritmo. Ele é um corredor. No último desafio, esse atleta terá de correr desde a praia do Leblon, passando por 10 quilômetros em areia fofa em Ipanema e depois mais 10 no calçadão, passando pela Lagoa Rodrigo de Freitas e terminando em Copacabana, local de largada e sede do evento.

O preparador físico Vanderlei Pereira tem 10 anos de experiência em organização de provas de triatlo e maratonas e está a frente desta prova. “A areia com o sol forte será algo novo para boa parte dos competidores”, explica Vanderlei. “A areia fofa vai provocar um desgaste razoável nos corredores, que acabarão perdendo o ritmo”.

No entanto, a prova, que teve como evento classificatório a Meia Maratona do Rio, não será disputada apenas por fundistas. Vanderlei teve a liberdade de convidar triatletas para integrar disputa. “Os maratonistas vão levar vantagem no asfalto, mas na areia os triatletas, por serem mais pesados e fortes vão sobressair. No trecho final do evento, justamente o decisivo, a força supera a técnica”.

Este texto foi escrito por: Cristina Degani