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Saiba tudo sobre a 2ª etapa e a história do Haka Race

Redação Webventure/ Corrida de aventura

Quasar Lontra é uma das favoritas à vitória (foto: Thiago Padovanni/ www.webventure.com.br)
Quasar Lontra é uma das favoritas à vitória (foto: Thiago Padovanni/ www.webventure.com.br)

A primeira etapa da corrida de aventura Haka Race, que aconteceu no começo de março, em São Roque (SP), teve 73 equipes participantes, sendo 48 na categoria Pró e 25 na Sport. Já para a segunda etapa, que acontecerá no dia 17 de maio, em Socorro (SP), até o momento, são 95 duplas inscritas e 89 já confirmadas, o que significa um crescimento considerável da procura pela prova.

Leonardo Barbosa, organizador da prova, espera que sejam 90 duplas disputando a corrida em Socorro (SP). A prova é aberta para duplas mistas ou masculinas.

Com relação ao número total de participantes, cerca de 150 atletas foram à São Roque, além de 20 pessoas na organização. Na Cidade da Aventura deve haver participação de 190 atletas e 35 pessoas na organização.

“Acho que a organização e a dedicação de todos que trabalham na prova fez que ela crescesse desde a primeira edição, quando tivemos 35 equipes. E também há a lacuna que temos no calendário de provas de corrida de aventura como essa, que este ano está mais enxuto com relação a essas provas. Por essas razões organização da prova e falta de provas pequenas para experientes e amadores , o Haka cresceu desta maneira”, opinou Barbosa.

Os favoritos – E a prova fica ainda mais especial graças à participação de grandes equipes, como a paulista Quasar Lontra, terceiro lugar no Brasil Wild Extreme e 4º lugar na primeira etapa do Adventure Camp; a equipe AKSA, que correrá na categoria Dupla Mista, e a Uscara, campeã da primeira etapa da categoria Sport.

“Eu acredito que a Quasar é a grande favorita para levar o título na categoria Pró Masculina, mas temos outros atletas muito bons que farão esta etapa. Será uma grande corrida”, afirma Leonardo.

Destino Aventura

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    Desde 2004 o Haka Race acontece em quatro etapas anuais, e hoje se consagra como um grande circuito de corrida de aventura que atrai atletas experientes e iniciantes, que percorrem percursos diferentes e sempre com uma nova modalidade envolvida.

    Na primeira etapa de 2008, em março, em São Roque (SP), a modalidade diferente foi o esqui-bunda as equipes se dividiam e um dos integrantes tinha que descer, a pé, o trecho de 500 metros entre o pórtico da largada e o posto de entrada do Ski Mountain Park. O segundo integrante podia optar entre descer a montanha por meio da pista artificial, de esqui-bunda, ou pelo teleférico existente no parque.

    “Aproveitamos a estrutura de São Roque para proporcionar essa modalidade. Fica como essa marca do Haka essa procura por novas modalidades e novos desafios para os atletas”, explicou Leonardo Barbosa, organizador da prova.

    Outra preocupação da organização é com relação à escolha das cidades. “Escolhemos a cidade não só com relação ao potencial de aventura da região, mas também por seu acolhimento à prova”, disse ele.

    “Já entramos em contato com muitas cidades para a realização da prova, mas não tivemos uma boa receptividade das secretarias de esporte e turismo e prefeituras. Às vezes queremos montar uma boa prova, mas surgem esses empecilhos”, completou.

    Próximo desafio – A segunda etapa acontecerá na cidade paulista de Socorro, há 132 quilômetros da capital, e a escolha do local envolveu não só o título que ela leva de Cidade da Aventura como também pela abertura dos órgãos responsáveis em receber os guerreiros em sua batalha de aventura.

    “Lá há um potencial muito grande da região com relação à altimetria, clima, vegetação, declinação do terreno, assim encontrando muitos morros, e também o Rio do Peixe, que é a maior atração da região, com os raftings feitos lá”, contou Leonardo, que disse ainda que a possibilidade de rafting no Rio do Peixe como nova modalidade para a segunda etapa foi o decisivo para a escolha de Socorro para sediar a prova.

    As categorias participantes serão a Pró, que fará um percurso aproximado de 25 quilômetros de mountain bike, 15 quilômetros de trekking, 4 quilômetros de rafting e técnicas verticais a 98 metros.

    Já na Sport, o percurso será igual à Pró para mountain bike e rafting, mas serão 6 quilômetros de trekking e técnicas verticais a 80 metros. Ambas incluem prova de orientação. O percurso da categoria Teens é igual ao da Sport.

    “Quando dá a largada, é como se fosse mesmo uma batalha. É um contra o outro, sempre com muito respeito, claro, mas sempre querendo mostrar o potencial de cada equipe durante a prova”, Leonardo Barbosa, diretor do Haka Race, sobre a relação entre a prova de corrida de aventura que organiza e nome escolhido para ela.

    Haka é uma tradicional dança Maori, povo indígena da Nova Zelândia, que era inicialmente feita por guerreiros antes das batalhas para invocar a força, anunciar sua bravura e intimidar o adversário.

    Atualmente o Haka mudou um pouco de perfil, sendo feito também em comemorações, boas vindas e entretenimento. Sua maior vitrine é a seleção de rugby da Nova Zelândia, os All Backs, que sempre apresentam a dança antes de seus jogos.

    E por toda essa bravura, semelhança de ideais divulgados como a formação em equipe, desafio e coragem, e relação cultural com a corrida de aventura, também originária da Nova Zelândia, um dos grandes eventos do esporte do país tem esse nome: Haka Race.

    As semelhanças neozelandesas não param aí. Os Maori utilizavam a Silver Fern, ou Folha Prateada, como sinalizador no caminho da tribo até o campo de batalha para não se perderem. Assim, até mesmo os feridos poderiam, durante a noite, voltar para seus locais, já que eles eram guiados pelo brilho da luz refletido nas folhas. E ela é o símbolo desta corrida de aventura que não só desafia os atletas, mas como os surpreende a cada etapa.

    Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi

    Last modified: maio 14, 2008

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