A largada de edição de 2009 na Serra do Espinhaço (MG) (foto: Fábio Piva / Arquivo Webventure)
Que Said Aich Neto, 48 anos, é polêmico, todo atleta ou espectador de corrida de aventura já sabe. Que o Ecomotion é uma das competições mais emocionantes desse esporte, também. A seguir, o organizador da prova expedicionária mais velha no mundo ainda em atividade (o Ecomotion nasceu em 2000) fala da evolução da modalidade, das polêmicas claro , e da possível sede do evento em 2012. De quebra, responde à pergunta que não quer calar: ele vai ou não vender o Ecomotion?
Como nasceu o Ecomotion?
Eu trabalhava em uma área nada a ver com eventos esportivos, mas sempre praticava esportes. Em 1998, uma amiga me mostrou umas fitas da primeira prova da EMA [Expedição Mata Atlântica, a primeira grande corrida de aventura do Brasil]. Ao assistir, pensei vou fazer isso. Achei bacana o conceito do evento.
E rolou porque tinha de acontecer: no ano seguinte, eu não tinha equipe e não havia mais inscrição [para a primeira EMA, realizada em Ilhabela]. Então, deixei meu nome numa lista de espera. O Alexandre Freitas [organizador da EMA] me ligou, dizendo que uma equipe havia desistido. Na verdade, o cara da equipe queria desistir porque tinha brigado com a namorada. Acabei entrando no lugar dela e nós chegamos em quinto lugar, de 35 equipes. Eu viciei e passei a participar desses eventos como esportista. Montei uma equipe, consegui patrocínio com facilidade e colhi bons resultados.
Então, recebi a notícia de que o Mário Lopes [organizador de outra corrida de menor porte] havia falecido. Ele e o Alexandre eram os únicos que faziam esses eventos no Brasil, e ainda havia uma rixa entre eles. O Mário e a sócia morreram em um acidente automobilístico e a prova deles não ocorreu mais. Isso abriu uma demanda no mercado. Como eu já tinha patrocínio da Rebook e da Nestlé, pensei: pô meu, eu vou fazer isso. Formatei um bom acordo com a Rebook para um projeto de um circuito de três etapas, com provas pequenas, de 120 quilômetros. Eles compraram a ideia, viabilizando economicamente o negócio, e assim surgiu o Ecomotion em 2000.
Naquela época, as corridas de aventura eram mais cascas-grossas. Havia mais incidentes e menos equipes terminavam a prova. O que mudou? O percurso ficou mais fácil, a organização melhorou ou os atletas estão melhores preparados?
Quando o atleta vai participar de algum evento, ele tem a intenção de, principalmente, desafiar a si mesmo. O ego desses atletas é grande. Eles se matam, mas não desistem. Fomos então formatando a prova para que o objetivo desse atleta seja consolidado. Essa expertise foi sendo construída ao longo do tempo: fazer com que esses atletas atinjam seu objetivo principal, que é alcançar a chegada e se superar. Fazemos algo inviável. Na primeira prova organizada por mim, apenas duas equipes terminaram. Isso é um erro mortal. É preciso fazer um evento que esteja no limiar de um grande desafio pessoal, mas que seja viável. Deve haver um grande desafio técnico, passando por lugares excepcionais, mas as pessoas têm de ter a capacidade de terminar. E é lógico também que uma pessoa sem conhecimento técnico básico jamais irá terminar a prova.
Todas as corridas de aventura são assim?
Isso é um formato meu. Nós trabalhamos muito com a embalagem do evento: fazemos cerimonial de abertura e de encerramento, temos editores lá, para fazer o vídeo que já é passado na final. São coisas que marcam, e os gringos não fazem isso. Nós começamos a lidar com a cabeça de nossos consumidores de uma forma prazerosa. A pessoa sente uma satisfação e tem um envolvimento emocional com a própria corrida. Assim, conseguimos agregar valor ao produto e gerar um conteúdo extremamente interessante, que vai para as grandes mídias, divulgando as diferentes marcas. Assim o evento se torna sustentável.
Quais são os benefícios de sediar uma corrida de aventura para uma região?
A corrida de aventura é uma ferramenta que, além de legitimar os destinos turísticos, divulgando-os internacionalmente, abre uma visão empreendedora para pequenos empresários. Pessoas que viviam de atividades predatórias passam a ter um novo horizonte de sustentabilidade local. Então, ao divulgar uma Chapada Diamantina para vários países como um lugar diferente, propício às atividades esportivas e com uma beleza natural enriquecedora, você atrai o turista estrangeiro e legitima o destino.
Quais aspectos são observados ao escolher um local? Beleza, dificuldades do terreno, clima, acessibilidade?
Temos o importante objetivo do envolver emocionalmente os participantes com a prova. Já tive ofertas de lugares onde achei que não seria o ideal neste sentido. Quando um atleta tem sensação de prazer, achando que aquilo [a prova] é a coisa mais legal do mundo, esse atleta cria um envolvimento emocional tão grande com o produto, que ele acaba se envolvendo cada vez mais. Somos fiéis a esta estratégia, mesmo deixando de ganhar recursos financeiros interessantes vindos de um local não adequado. Eu poderia satisfazer o meu bolso, mas, no final, eu não iria satisfazer o atleta e o patrocinador. E eu não gosto de fazer provas monocromáticas. Eu acho bacana ter mudança periódica de visual, terrenos, vegetação. Quando o cara está no limite do estresse e muda de modalidade e de visual, ele vai aliviando esse estresse físico e psicológico.
Você já teve grandes patrocinadores, mas acabou os perdendo. O que aconteceu?
Eu perdi patrocínio por uma falha minha. Todo patrocínio tem um ciclo de vida. Até uma Copa do Mundo de hoje não tem os mesmos patrocinadores de antes. E os meus clientes estavam fidelizados comigo ao longo de oito anos seguidos. Eu fiquei muito tempo com as mesmas empresas e botei a bunda na cadeira. Não pensei em buscar outras empresas, pois não imaginava que um dia a Vivo ou a Natura poderiam sair do meu evento.
Mas, tecnicamente, não teve explicação para a Natura ter saído. Apenas entrou um novo vice-presidente, que quis mexer em um trabalho de sucesso. Tínhamos um perfume com a marca Natura, que vendeu mais de um milhão de unidades, um case de sucesso. Mas ele entrou e quis chacoalhar a poeira, sacrificando o Ecomotion. E eu achando o mundo maravilhoso em vez de buscar novos patrocinadores para deixar na prateleira.
Além disso, teve a crise econômica em 2008. A Peugeot saiu nesse momento, quando o mercado automobilístico caiu. E a construção de patrocínio não é da noite para o dia. Ninguém faz um acordo com este montante de dinheiro sem planejar estrategicamente. Não é como ir comprar um pãozinho na padaria. Mas, estamos buscando novos patrocínios, pois este é um evento lucrativo. O que me dá ânimo é saber que somos o último dos sobreviventes [risos] entre as provas expedicionárias grandes. E apesar de termos perdido patrocinadores, não temos um histórico de prejuízo.
Quanto custa para realizar um Ecomotion?
Depende muito da logística da região. É claro que fazemos uma parceria com o governo local, que tem de colocar algum dinheiro para viabilizar o evento. Só que também envolve beleza natural e infraestrutura. Por exemplo, não dá para fazer uma prova na Amazônia porque é caro. Mas se alguém me oferecer um caminhão de dinheiro para fazer uma prova lá, eu faço. Esse quebra-cabeça, que você deve montar, precisa ser analisado de uma forma comercial, pensando também na longevidade do produto. Não tem jeito, o negócio tem de dar lucro. Por exemplo, uma prova no litoral de São Paulo sai barato. Com 500 mil reais eu faço. Mas eu não faço um campeonato mundial no Ceará com menos de um milhão e meio. Só que em São Paulo já não tem mais conteúdo [lugares inéditos] para uma competição, já está batido. Por isso varia muito, depende do lugar e da infraestrutura. Tem provas que você pode explorar a trilha de uma forma mais abrangente, colocando nela várias atividades esportivas. Outras podem ter vários tipos de embarcações e desafios complexos de técnicas verticais. Mas tudo depende do nível de entrega que você quer dar: há um equilíbrio entre receita e despesa.
A corrida de aventura no Brasil teve um boom no começo dos anos 2000, mas depois se estabilizou. O que acontecerá daqui para frente?
Eu acho que o esporte é envolvente e os atletas estão fidelizados. O que acontece é que para participar precisa ter tempo, dinheiro e arrumar parceiros para a equipe. Tem vários eventos fazendo um bom papel de atração de novos atletas, como o Adventure Camp. E nós contamos que as pessoas do Camp queiram um desafio maior, ingressando um dia em uma prova expedicionária de 500 quilômetros. Ou seja, em relação aos atletas, não teremos problemas, pois existe uma rotatividade. Já na questão financeira, eu acho que temos de encontrar novas ferramentas. Estamos buscando parcerias, por exemplo, para uma loja e-commerce do Ecomotion, que vai vender equipamento esportivo direto para o nosso público alvo.
Hoje, o Ecomotion hoje é a mais antiga corrida de aventura em atividade, a mais tradicional e a maior do mundo. Isto por que as grandes provas foram desaparecendo por causa de várias dificuldades. A questão da viabilidade econômica não é tão simples assim. Apesar de eu acreditar que as corridas gerem conteúdo muito interessante para as mídias, principalmente para a televisão aberta, o evento tem muito a ver com determinado público alvo. O Brasil é um bom receptor de eventos, porque é um país gigante. Por exemplo, teve recentemente um evento na Costa Rica, que fez parte do circuito mundial. Mas a Costa Rica é uma linguicinha. Tudo bem, ela tem uma diversidade ecológica bacana, mas territorialmente não dá para fazer duas provas de 500 quilômetros ali, pois o país é pequeno. No Brasil, uma prova no Sul será totalmente diferente de outra no Nordeste, e de outra no Centro-Oeste. Temos um estoque de percursos que demoraria uns 20 ou 30 anos para se esgotar.
Além disso, há a dificuldade de captação de recursos. A Europa e os Estados Unidos ainda estão em crise financeira. Está difícil a captação de dinheiro e o profissionalismo das entidades que organizam esses eventos fica limitado. Outra coisa é que o mercado se aperfeiçoou e o nível de exigência de quem participa aumentou. A exigência é alta e a oferta de serviço está baixa. Quando isso acontece, o cara para de fazer.
Então a corrida de aventura não vai acabar?
Eu acho que haverá poucos eventos, mas eles serão viáveis economicamente. O Brasil é bonito, os visitantes são bem-tratados aqui, os estrangeiros gostam de vir para o Brasil, ainda mais para participar de uma prova dessas. Então, em termos de atletas não haverá problemas. Mas, com certeza diminuirá a quantidade de gente praticando. E o formato que será sustentável talvez seja o tipo da Chauás [Expedição Chauás, prova paulista de médio porte], que tem uma limitação de estrutura, vive da receita de inscrição e alguns apoios e o organizador está satisfeito com o que sobra de dinheiro. Poucas provas grandes terão condição de sobreviver por falta de viabilidade econômica.
Mas, o que mais me enfraquece na organização do evento são as rixas com o pessoal de meio ambiente, que eu chamo de ecoxiitas. Quando você analisa profundamente o caso, esse amor pela natureza deles não é bem assim. Você enxerga um pano de fundo com uma realidade diferente, que desmotiva na hora de fazer um trabalho que não é só socioeconômico. O nosso trabalho também é socioambiental, pois envolve a comunidade e a região. Tem todo um conceito por trás do que a gente faz. Acreditamos que deixaremos alguma coisa em relação a um processo positivo de proteção e conscientização ambiental. Mas aí, você vê que as pessoas têm outros interesses e que esse sentimento de amor à natureza não é tão verdadeiro. Isto nos atrapalhou muito. Tudo bem se essas pessoas estivessem fundamentadas dentro de um conceito 100% ambiental. Mas, não é bem assim, há interesses pessoais e econômicos por trás.
Dizem que você cria muitas inimizades depois de cada prova. Isso é verdade?
Não dá para ter o patrocínio de uma Petrobras e fazer a coisa amadoramente. Não é possível realizar um evento amador e ter um patrocínio profissional. O montante de dinheiro envolvido em nosso negócio é altíssimo e ninguém investirá tanto em uma empresa que não é responsável, organizada e profissional. A credibilidade envolve o saber fazer e saber empregar o que foi combinado. E nesse ponto, estamos cobertos de razão.
Mas, há as questões políticas. Nós conseguimos coisas que ninguém consegue: em 2006, entramos numa trilha no Parque Nacional do Itatiaia que estava fechada há 25 anos [clique aqui para saber da polêmica]. Acho que os montanhistas do parque se sentiram enciumados, pois durante 25 anos eles não podiam passar por lá e, de repente, um evento mais profissionalizado consegue a autorização. Isso gerou polêmica. Eles perderam em Itatiaia e quiseram fazer uma revanche na prova de Búzios de 2007, que largava do Rio de Janeiro [clique aqui para ler reportagem da época de “O Eco” sobre o imbróglio].
O evento não é impactante. Passam pelas trilhas quatro pessoas a cada meia hora, uma hora. É muito menos do que a capacidade máxima permitida diariamente num parque. O único impacto que existe é o econômico. Contratamos pessoas das comunidades locais, damos visibilidade, mostramos esses lugares para o mundo todo. O único impacto é econômico e positivo. O impacto ambiental que existe é o normal e previsto em qualquer atividade de ecoturismo que já existe nessas regiões.
É uma questão de política e de interesses pessoais. Temos 12 anos de evento, já fizemos prova nos parques nacionais da Chapada Diamantina e de Jericoacoara, e em vários outros. Nunca fazemos uma prova sem ter tudo documentado. Imagine uma Petrobras te patrocinando e você envolvido em um problema de impacto ambiental. Teu patrocínio acaba no dia seguinte.
Existem boatos dizendo que você irá vender o Ecomotion em 2012, é verdade?
Na verdade, eu fui procurado por alguns veículos de comunicação. Mas essa conversa vem há três anos. Hoje, as agências e os grupos de informação querem ter um braço de entretenimento, que envolva uma área de eventos de marketing esportivo. E o Ecomotion está consolidado, é uma marca de 12 anos, forte e respeitada. Na minha visão de empreendedor, é muito importante esse tipo de fusão porque amplifica nossa capacidade de capitação [de patrocínio]. E, consequentemente, o evento cresce em vários sentidos, como sua divulgação e internacionalização, gerando uma sobrevida da própria marca. Esse tipo de associação é importante, não descartamos qualquer tipo de possibilidade, mas nada foi até então definido por que os números ainda não foram interessantes para o meu lado.
Você iria se afastar do Ecomotion, caso aceitasse alguma proposta?
Eu acho difícil me desvincular do Ecomotion, porque a marca está muito ligada ao executor do negócio. Então, até pelo fato de termos um histórico de lucro e de sucesso na empresa, eu precisaria, antes de tudo, desvincular o meu nome do produto. O Ecomotion teria de ser uma empresa que anda sozinha e os seus colaboradores teriam de ter a capacidade de tocar o negócio sem a minha presença. Isso é difícil porque, apesar de ser um negócio que gera um bom faturamento dentro do segmento, eu não conheço nenhum evento esportivo (tirando os tradicionais futebol e Fórmula 1), que gere tanta mídia como nós. Temos uma capacidade de divulgação forte. Cerca de 50 jornalistas participam do evento. Eu vejo como estamos forte.
E uma das razões é que nossos concorrentes estão saindo do mercado. Estamos crescendo economicamente e os concorrentes estão acabando, ou seja, o mercado está aberto para trabalharmos. Sabemos que há concorrência de outros grandes eventos, como Copa do Mundo e Olímpiadas, e que o dinheiro será centralizado neles, mas também não é um bicho de sete cabeças. Temos um posicionamento estratégico interessante e muitas marcas querem se apropriar disso, pois o evento é viável e dá lucro. O que é preciso é trabalho.
E tem também a questão do momento pessoal. Eu estou investindo em outras áreas que não têm nada a ver com esporte de aventura: logística e construção civil. Então, estou dividindo meu tempo. Resumindo, não dá para desvincular minha pessoa do evento de uma hora para outra, tem muita coisa envolvida para o evento dar certo. Eu tenho de transferir o meu conhecimento. É uma logística de guerra [para realizar a prova]. É preciso experiência para tocar esse negócio. Claro que eu já errei, mas não foram erros que impactaram na espinha dorsal do evento ou tenha deixado um legado negativo.
Teve alguma proposta que te balançou mais?
Sempre tem. [risos]
De quem?
Não posso falar. Mas no mercado de corrida de aventura, eu acho que o nosso evento é o que tem a melhor possibilidade de conseguir uma boa associação.
Onde será a próxima Ecomotion?
Queremos anunciar o local agora em agosto, onze meses antes do evento, o que é uma coisa inédita geralmente, liberamos a informação seis meses antes. Eu confesso que era um prazo curto, mas desta vez estamos mais planejados e com uma estrutura maior. Queremos fazer um aprova melhor e maior, pois acreditamos que captaremos mais dinheiro para isso. Com relação ao local, está muito forte a negociação com a Chapada dos Veadeiros, em Goiás, mas temos outras propostas. Tudo depende dos acordos comerciais. Este é o terceiro ano que a Chapada está tentando levar o evento para lá, mas sempre acabávamos achando oportunidades melhores, em outros locais. Geograficamente falando, o lugar é maravilhoso, por causa da diversidade natural. Mas eu não posso falar que está fechado, porque ainda não está, dependemos desses acordos.
Por que as pessoas participam de uma corrida de aventura?
A corrida de aventura em si é uma atividade envolvente. Você se desconecta de todos os problemas no mundo e fica 100% focado na atividade física e naquele jogo. Chamo de jogo porque a prova trabalha com planejamento, estratégia, trabalho em equipe, desenvolvimento de relacionamento. Você faz o cérebro trabalhar de uma forma diferente. Fora a experiência de autoconhecimento: você aprende a lidar com o pior lado do ser humano, pois quando as pessoas passam necessidade, elas mostram seus diferentes níveis de personalidade. Às vezes, você tem de conviver do lado de uma pessoa que não gosta ou que está em um momento melhor que você. Você saber respeitar essa inter-relação do grupo e respeitar a liderança, admitindo os erros e as fraquezas, é uma coisa interessante, que é replicado no cotidiano contemporâneo.
Também tem o lado da convivência do homem com a natureza praticando atividades esportivas. Todos aqueles brinquedinhos montados, para você aproveitar as atividades que curte. Além da fotografia: cada visual, nascer e pôr do sol, animais, momentos únicos que você vivencia. E a corrida também é um tipo de turismo não tradicional, que não está nos guias. São lugares exclusivos.
Enfim, é tudo tão intenso que você se enriquece como pessoa. É um ambiente fascinante e que vicia. Mas para vivenciar tudo isso, não adianta uma prova curta, de 24 horas. Tem de ser uma expedicionária, com a qual você trabalha com a sua própria sustentabilidade: você tem de recarregar suas calorias e tem de saber qual é teu limite.
Este texto foi escrito por: Amanda Nero
Last modified: agosto 8, 2011