Durante uma apresentação publicitária, na praia de Copacabana, o bi-campeão brasileiro de parapente Ruy Marra avistou um banhista em dificuldade. Aproximou-se,jogou uma bóia e, através de um sistema de rádio, alertou a equipe de apoio terrestre que acionou imediatamente os salva-vidas, que retiraram o banhista da água.
O incidente chamou a atenção e mostrou uma possibilidade muito interessante de evitar afogamentos nas praias: o uso de salva-vidas que, além de habilidade para enfrentar a água, pudessem agir também no ar.
Depois de algumas pesquisas feitas durante o verão passado, foi
identificado um número muito grande de afogamentos nas praias de
São Paulo. Os principais motivos aprontados foram a demora na percepção do afogamento, atraso em acionar socorro e a dificuldade em alcançar a vítima antes que esta esgote sua resistência.
Para que estes números de afogamentos, muitas vezes com vítimas
fatais, diminua neste verão, foi criado o projeto Paralife. A ação do projeto será de monitorar determinadas áreas do litoral paulista durante os meses de janeiro e fevereiro. Em todos os finais de semana e feriados, no período de 6 horas, haverá “salva-vidas voadores”, fazendo monitoramentos aéreos consecutivos com uma hora de duração por toda a orla.
Estes vôos serão feitos com parajets (parapentes com motor) equipados com bóias de espuma de alta flutuabilidade lançados pelo ar aos banhistas em dificuldades enquanto estes aguardam salvamento. As praias beneficiadas com o projeto, em finais de semanas alternados serão as de Bertioga e Mongaguá.
Como será a operação – Em cada praia haverá uma tenda localizada em pontos estratégicos, que contará com uma equipe composta por dois assistentes de solo auxiliados por um veículo de apoio, dois
parajets munidos de rádio-comunicadores e dois pilotos.
Em cada hora de monitoria, o parajet efetuará um mínimo de seis
passagens, possibilitando a média de uma passagem a cada 10
minutos sobre os banhistas desta faixa da orla.
Este texto foi escrito por: Webventure