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Santa Cruz do Sul: tradição alemã e off-road no Sul do Brasil

Redação Webventure/ Offroad

Planilha (foto: Egon Jenckel)
Planilha (foto: Egon Jenckel)

Situada na região central do estado do Rio Grande do Sul, a apenas 155 km de Porto Alegre, a cidade de Santa Cruz do Sul é rica em beleza e atrações. É um dos principais núcleos de colonização alemã no país e também o maior centro beneficiador de fumo do Brasil, além de possui ruma das maiores rendas per-capita de nosso país.

Suas ruas são largas e arborizadas e a Catedral de São João Batista, um dos maiores templos da América do Sul em estilo neogótico tardio, com suas torres que alcançam 82 metros de altura, é imponente e atrai a atenção daqueles que passam pelo centro da cidade. Além da imponência desta igreja, o que chama a atenção no final do dia é o grande número de gente bonita e simpática da cidade.

São pessoas que circulam pela rua Marechal Floriano sob o chamado Túnel Verde, uma alameda de árvores cujas copas se encontram e formam o túnel. Mas Santa Cruz vai muito além disso. De colonização germânica, a cidade guarda hábitos e a língua alemã é falada com bastante freqüência. Os traços germânicos, os cabelos loiros e os olhos azuis são característicos das santacruzenses, portanto atenção solteiros: andar por Santa Cruz é apaixonar-se à primeira vista (o mesmo vale para as solteiras).

Festas – Além da beleza das pessoas, as praças e jardins floridos dão mais um toque de beleza à cidade. Santa Cruz também é rica em festas e eventos. O carnaval e a Christkindfest (festa natalina) são tradicionais, mas a sua mais famosa festa, a Oktoberfest, é imperdível.

Oktoberfest – Realizada todo ano, no mês de outubro, a Oktoberfest é a terceira maior festa germânica do mundo e atrai à cidade milhares de pessoas. O chopp, a animação das bandas, shows e bailes duram vinte e quatro horas durante os dez dias da festa. Desfiles de rua, apresentações folclóricas, concursos de chopp em metro, bailes típicos e até passeios de jipe fazem a alegria de quem passa por lá. Como já diz o nome, a festa é realizada anualmente no mês de outubro. Não perca.

Pelas trilhas de Santa Cruz do Sul – A planilha passa por lugares como Rio Pardinho, Sinimbu, Linha RioGrande, Salto do Rio Pardinho, Linha Almeida, Cava Funda, Rio Pequeno, Balneário Panke, Boa Vista. Partindo de Santa Cruz, cruzando vales e montanhas, atravessando riachos, passando por inúmeras cascatas, balneários, propriedades que ainda preservam sua arquitetura original, gastronomia, artesanato, hábitos e costumes originais dos colonizadores alemães, o roteiro é bem tranqüilo e muito agradável.

Pelo caminho, sempre por estradas de terra, é possível observar a vida dos colonos (pessoas do campo) em seu dia-a-dia. Gente a cuidar da terra, para dela tirar seu sustento, gente simples e simpática.
Rio Pardinho, é um dos primeiros pontos de nossa planilha. Por lá a cultura alemã mantém-se intacta pelo tempo que parece ter parado. A arquitetura de suas casas, gastronomia, artesanato nos remetem ao século XIX.

Continuando por estes caminhos, a cidade de Sinimbu com pouco mais de 10 mil habitantes, descendentes de portugueses e alemães, será a próxima a ser cruzada. Por lá dê uma parada e conheça a Igreja Matriz. Continue o roteiro e vá até o Salto do Rio Pardinho, um lugar excelente para nadar e mergulhar em dias quentes. Uma sucessão de vales irá levá-lo por lugares de incrível beleza e voltará até Santa Cruz.

Para aqueles que preferirem um roteiro com mais dificuldades, atoleiros e erosões, a dica é contatar pessoal do Jeep Clube de Santa Cruz do Sul e sair com eles para algumas destas trilhas.

Se você gosta de escaladas, caminhadas, passeios de bicicleta, escaladas, rapel, irá encontrar tudo isso pela região. Leia no final da matéria as indicações para fazer estes passeios.

Para quem gosta de sair a noite e tomar um bom vinho, dançar, jogar boliche ou conversar a cidade oferece boas opções e o melhor: opções baratas. Por lá, tente ir a um Bailão, bailes que são realizados em galpões nos arredores da cidade. Nestes bailes as pessoas dançam a noite inteira sob os mais variados ritmos, entre eles a “bandinha”.

A cidade oferece muitas alternativas de passeio. Entre elas destacam-se, o Parque da Gruta, que possui um mini-zôo e trilhas que passam por cascatas e pela Gruta dos índios. O Parque fica bem próximo ao Centro de Santa Cruz . Vale a pena conhecer também o Centro de Cultura Jornalista Francisco J. Frantz a Associação Pró-Cultura, a Casa das Artes Regina Simonis e o prédio centenário da Prefeitura Municipal, em estilo neoclássico

Roteiro

  • Como chegar – 155 km a partir de Porto Alegre. Siga de Porto Alegre para Canoas. De Canoas siga pela BR 386 para Tabai e daí siga para Santa Cruz do Sul.

  • Onde Ficar – Aquarius Flat Hotel Residence: (51) 3715.9933. Sua localização é excelente, próximo ao Centro da cidade e ao Parque da Oktoberfest. Seus apartamentos são amplos, confortáveis e equipados com frigobar, tv a cabo e mini cozinha. Das sacadas dos apartamentos é possível ver toda cidade.

    Possui ainda sauna, bar, piscina aquecida e sala de ginástica, além de restaurante e sala de eventos.
    Hospedaria Colonia Verde: (51) 3717.6166. Fora dos limites da cidade, no caminho para Sinimbu, num prédio de 1895, a hospedaria possui sauna, piscina. Suas instalações são simples porém aconchegantes.

    A cidade oferece diversas opções para estadia. Através da Central de Informações Turísticas é possível obter maiores informações (51) 3715.6844

  • Onde Comer – La Pasta: Rua Tenente Coronel Brito, 939. Cozinha típica italiana. Pritsch: Rua Marechal Floriano, 1547. Serve comida alemã e café colonial

  • Para sair a noite – 2001 Café.Com: Av. Independência, 718 junto ao Auto Posto 2001 da BR. Barzinho que além de ponto de encontro de jipeiros reúne muita gente bonita e interessante.

  • Guias para Passeios e Esportes de Aventuras – Dinossauros Ecoturismo: (51) 9836.2063. Para realizar trekking, rappel, cascading, escaladas e esportes de aventura. Fale com o Silmar e monte seu roteiro.

    Jeep Clube de Santa Cruz do Sul: (51)3713.3399. Fale com o Jorge Müller, presidente do Jeep Clube.

    Dicas – Se o seu caso é fazer trilhas de moto, procure o Paulinho na Motokinha (51) 3715.8899. Ele conhece trilhas incríveis pela região.

    Este texto foi escrito por: Egon Jenckel

    Last modified: abril 19, 2002

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