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Santa Rita promete desafiar com frio e mountain bike

Redação Webventure/ Corrida de aventura

Segundo Zolino  prova desafiará mesmo equipes de ponta (foto: Débora de Cássia)
Segundo Zolino prova desafiará mesmo equipes de ponta (foto: Débora de Cássia)

Bastante frio, belas paisagens, muita mountain bike, um trem. Estes elementos prometem fazer da 3ª etapa do Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura um desafio diferente dos encontrados pelos atletas até agora. A prova acontecerá na cidade de Santa Rita do Passa Quatro (SP) no próximo fim de semana e contará com cobertura do Webventure.

“Os atletas não terão problemas para fazer o percurso realizando cada atividade. A maioria dos trechos apresenta somente as dificuldades relacionadas a cada modalidade. O competidor não precisará carregar sua bicicleta, por exemplo, porque as trilhas não vão apresentar esse tipo de situação. Mas terão de pedalar bastante”, explicou Sérgio Zolino, um dos organizadores da etapa durante o briefing realizado ontem no Anfiteatro Mário Covas Júnior, na Cidade Universitária, em São Paulo.

A competição contará com aproximadamente 150 quilômetros e sua largada está prevista para acontecer às 8h do próximo Sábado no Museu Zequinha de Abreu, no centro de Santa Rita. Os atletas iniciarão com um trecho de 9,5 quilômetros de mountain bike, fazendo na seqüência um trecho de canoa, bike novamente, trekking, ride’n run (um a cavalo e dois a pé), mountain bike, trekking (em uma linha ferroviária), rapel, mais trekking, canionismo, trekking novamente e, finalizando, mais um trecho de mountain bike. A chegada da primeira equipe está prevista para acontecer às 9h do domingo.

Olha o trem – É comum imaginarmos, em corridas de aventura como a de Santa Rita, árvores, rios, cachoeiras, casas simples e vales fazendo parte do cenário. Porém, no percurso, os atletas correrão o risco de encontrar um outro elemento: um enorme trem.

Entre o PC (Posto de Controle) 18 e o 19, os competidores terão de transitar, a pé, sobre os trilhos da linha ferroviária da cidade. No meio do caminho, um túnel, que é passagem obrigatória para se chegar ao rapel de 60 metros. “Aquela estrutura enorme de metal se movimentando realmente assusta, principalmente por causa do barulho. Mas, há espaço para os atletas ficarem ao lado da linha, mesmo dentro do túnel. Basta afastar-se, agachar e virar de costas, para evitar que os olhos sejam atingidos por pedrinhas e pela poeira”, explicou Nelson Barretta, responsável por toda a parte de técnicas verticais da prova.

Além do rapel da ponte por onde passa o trem, os competidores enfrentarão mais dois, em cachoeiras, durante o trecho de canionismo. A parte de canionismo utilizada na prova foi descoberta a poucos meses pela organização e nunca foi usada comercialmente.

Pedalando sobre Santa – A modalidade de destaque da 3ª etapa do CBCA será, com certeza, mountain bike. Dos 150 quilômetros de percurso, em aproximadamente oitenta os atletas terão de pedalar. O desgaste físico promete ser grande e o trabalho dos apoios, na organização da alimentação e dos equipamentos, bastante importante.

Outro trecho grande, que deve desafiar a resistência dos atletas, é o de trinta quilômetros de canoagem no rio Mogi, em um trecho do percurso que tem início na cidade de Porto Ferreira. “Há algumas pedras e pontos que exigirão atenção. O rio está bastante veloz por causa das chuvas na região.” explica Sérgio Zolino.

Temperatura baixa, adrenalina em alta – Se muitos reclamaram do frio que invadiu a cidade de São Paulo nos últimos dias, os organizadores da etapa Santa Rita comemoraram. “É uma maneira de as pessoas pensarem mais no que poderão encontrar na prova e na importância de estarem bem agasalhadas”, conta Zolino.

Doutor Clemar Corrêa, responsável pela equipe médica na etapa, também deixou o seu recado. “O cobertor térmico de alumínio deve ser usado sem maiores restrições. Pode não parecer, mas o estado de hipotermia, com a baixa da temperatura do corpo, é algo muito grave”, explica Clemar.

Segundo o médico, a possibilidade do problema acontecer nesta etapa existe, principalmente, pela conjunção dos fatores frio e água. “A maior possibilidade de hipotermia acontece exatamente nessas situações, em que a pessoa está em um ambiente frio e molhada. A única coisa que poderia piorar, neste caso, seria a pessoa estar perdida” , enfatizou.

Ação social e ambiental – Durante a prova, as equipes de apoio terão uma função extra, além de auxiliar o trabalho dos atletas. Seus integrantes terão a responsabilidade de cuidar de todo o lixo produzido durante a competição, para que depois ele seja reciclado. Além disso, deverá recolher o lixo que encontrar nas trilhas por onde passar. Haverá um prêmio para as equipes que melhor desempenharem este papel.

Além disso, serão plantadas mudas de árvore em uma fazenda da região. Como ação social, as equipes terão de doar cinco peças de roupas de frio, que serão entregues a instituições assistenciais de Santa Rita do Passa Quatro.

Não deixe de acompanhar, aqui no Webventure todas as informações sobre mais esta etapa do Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura.

Este texto foi escrito por: Débora de Cássia

Last modified: maio 17, 2001

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