Sistema de São Paulo segue o modelo implantado no Rio (foto: Arquivo / Wikirio)
Nesta quinta-feira (24) a cidade de São Paulo ganha um novo sistema de aluguel de bicicletas que promete ter 300 estações espalhadas pela cidade nos próximos três anos.
A iniciativa se chama Bike Sampa e é fruto de uma parceria público-privada entre a prefeitura municipal e o banco Itaú, com implementação realizada pela Mobilicidade. O projeto já é executado em outras cidades como Rio de Janeiro, Petrolina e Sorocaba.
Inicialmente foram abertas dez estações no bairro da Vila Mariana, com aproximadamente dez bicicletas cada. Os espaços são automatizados e funcionam com energia solar.
Cada bike pesa em média 15 quilos, tem quadro rebaixado feito em alumínio, selins com altura regulável, guidão emborrachado, acessórios de sinalização e os modelos têm três ou seis marchas.
Para utilizar o sistema, o usuário deve se cadastrar no site www.bikesampa.com. Também é necessário ter cartão de crédito, pagar uma mensalidade de 10 reais e possuir telefone celular, que será utilizado para destravar a bike na estação.
Os exemplares podem ser utilizados várias vezes no mesmo dia, desde que cada viagem dure até 30 minutos, com intervalos de 15 minutos entre cada uma. Quem quiser pedalar por mais tempo pagará 5 reais a cada meia hora extra. A devolução das magrelas pode ser feita em qualquer estação do sistema, que funciona entre 6h da manhã e 10h da noite.
Integração.Tudo isso precisa fazer parte de um projeto mais amplo, de uma visão mais integrada, comenta Roberto Braga, especialista em planejamento urbano da Universidade Estadual Paulista, em entrevista ao programa Podcast Unesp. É preciso integrar esse modal cicloviário no contexto do sistema de transporte metropolitano, ou seja, integrar a bicicleta com o trem, metrô, ônibus, afirma.
Segundo Braga, é necessário prever o tráfego de bicicletas no planejamento de novas estações de metrô e na construção de novas ruas e avenidas. Os problemas de mobilidade em São Paulo passam necessariamente por esse transporte intermodal.
Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi