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Satisfeito com resultado, Guiga credita bom desempenho no Dakar à experiência acumulada


Guiga terminou o Dakar na 9ª colocação entre os carros (foto: Divulgação ASO/ Maindru)

Guilherme Spinelli mais uma vez foi o melhor brasileiro no Rally Dakar na categoria Carros. Ao completar o maior rali do mundo na 9ª colocação geral da categoria, o piloto alcançou também seu melhor resultado em três participações na competição. Para o piloto, o crescimento do desempenho se deu devido à experiência que acumulou ao longo dos anos.

“Eu fiquei super satisfeito. Foi nítido que houve uma grande evolução ano a ano desde a minha primeira participação. Conseguimos um resultado dia-a-dia muito superior aos outros anos que eu fiz, muito consistente. Considerando que o Dakar foi visto pelos organizadores como uma das edições mais difíceis da história e considerando o alto nível de concorrência na categoria carros, ainda assim conseguimos fazer um rali que dos treze dias, doze nós ficamos entre os dez primeiros. O saldo é muito positivo”, disse.

Fazendo uma prova bastante regular e segura, Guiga sofreu apenas na 9ª especial da disputa, quando uma série de problemas acabou atrapalhando seu desempenho e fez com que o piloto perdesse mais de duas horas na etapa. Mesmo assim, Spinelli disse que isso foi bom para dar ainda mais brilho ao seu resultado, já que, segundo ele, os desafios no Dakar fazem com que o mesmo tenha o título de maior rali do mundo.

“Apenas na nona etapa nós tivemos uma séries de problemas, como pneus furados, algumas dunas que nós não estávamos conseguindo transpor, quebra de embreagem e ainda falta de gasolina. Mesmo assim, conseguimos finalizar em 13º, ou seja, conseguimos solucionar os problemas e chegar ao fim. Isso eu acho que é um dos grandes desafios do Dakar: completar cada etapa diante de tudo que ela pode te oferecer de empecilhos”, explicou.

Confiança – Outro ponto apresentado por Spinelli como fundamental para alcançar sua melhor colocação no Dakar foi a confiança em relação ao carro. Pela segunda vez correndo com um Mitsubishi Racing Lancer, o piloto disse que estava se sentindo melhor para forçar o carro na prova e tirar melhor proveito de seu potencial.

“O Lancer foi o mesmo de 2010. Não fizemos nenhuma modificação técnica, apenas de suspensão. Então, como no ano passado, o carro foi perfeito em todas as especiais. Ele é um carro incrível em termos de resistência e desempenho. O que aconteceu para melhorarmos é que eu havia acumulado a experiência dos últimos anos com o equipamento, então eu estava um pouco mais a vontade em relação ao carro. Por isso, consegui andar mais forte e, mesmo assim, mantive uma boa margem de segurança”, afirmou.

A única grande mudança que Guiga teve no Dakar foi a parceria com Youssef Haddad, que assumiu a posição de navegador que em 2010 era do português Filipe Palmeiro. De acordo com o piloto, Youssef repetiu o bom desempenho que já havia tido no Sertões e por isso foi importante para ajudá-lo a alcançar seus objetivos.

“O Youssef é um navegador que não tem muitos anos na função, mas é uma pessoa extremamente talentosa e boa no que faz. Ele é muito calmo, eficiente, preciso e embora tenha pouca experiência no deserto, se saiu super bem. Nós havíamos feito o Sertões e conseguido um ótimo resultado. O Dakar só nos ajudou a aumentar esse entrosamento e nossa capacidade de se entender dentro do carro. Então fiquei muito satisfeito com o trabalho dele”, disse Guiga, que espera manter a parceria para o Dakar 2012.

Este texto foi escrito por: Caio Martins