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Scheidt vai participar das regatas pequenas da Volvo Ocean Race


Credibilidade foi o fator que determinou o campeão olímpico ser porta-voz (foto: Cristina Degani/ www.webventure.com.br)

A presença de Robert Scheidt é sempre muito bem vinda para falar de vela, de esporte, de carisma, de credibilidade e de crescimento dos esportes como um todo. E mais ainda para falar de Volvo Ocean Race, a maior regata de vela oceânica do mundo, cujo porta-voz no Brasil é o próprio Scheidt.

Ontem foi anunciado oficialmente que o heptacampeão olímpico será pela segunda vez o porta-voz da regata no país. Na apresentação para jornalistas, que aconteceu em São Paulo, num hotel nas proximidades da avenida Paulista, Scheidt apresentou a regata para quem ainda não se familiarizou com o evento e fez várias observações quanto às especificidades do evento.

“Minha função”, explicou o atleta olímpico, “é explicar de maneira cada vez mais simples o que é o evento principalmente para os jornalistas”. Na sua primeira aparição como porta-voz da regata 2005-06, Scheidt comentou as mudanças de última edição para esta como diminuição do número de velas para 24 em toda regata e dois tripulantes a menos que em 2001-02 bem como a participação do barco brasileiro Brasil 1 e dos dois brasileiros no barco de velejadores amadores ABN Amro 2.

Scheidt vai velejar nas inport – Ele ainda não decidiu em qual barco, mas Robert Scheidt já confirmou o desejo de participar das regatas inport, as pequenas regatas que acontecem perto do porto, para que o público acompanhe da costa, no período de parada da grande regata. Os locais e datas são Sanxenxo (Galicia) no dia 5 de novembro, Cape Town (África do Sul) em 26 de dezembro, Melbourne (Austrália) no dia 4 de fevereiro (2006), Rio de Janeiro em 25 de março, Baltimore/ Annapolis (EUA) em 29 de abril, Portsmouth (Inglaterra) em 29 de maio e Roterdã (Holanda) em 11 de junho.

Scheidt não quis dizer com quem vai participar qual sindicato mas assinalou a preferência pelo barco brasileiro Brasil 1. Ênio Ribeiro, diretor de marketing do Brasil 1, que estava também na apresentação do velejador olímpico, brincou constantemente com o atleta para que vá no barco brasileiro velejar nas regatas inport.

Se hoje a Volvo Ocean Race é comparada à Fórmula 1 dos mares não é apenas pela velocidade que os barcos atingem. Os executivos da Volvo presentes no evento falaram que o retorno de mídia como evento esportivo só fica abaixo da Copa do Mundo e Fórmula 1. Mas não quiseram apresentar o investimento da marca, somente a cifra de 15 milhões de dólares para se colocar um barco na regata.

Solange Fusco, gerente de comunicação corporativa da Volvo disse que a escolha do atleta como porta-voz teve mais peso como representatividade que pelo currículo brilhante de atleta: “escolhemos Scheidt pela sua credibilidade, pelo que ele representa para os brasileiros e para o esporte no mundo”, ponderou.

“Para a Volvo, a escolha do investimento em um esporte que tenha a ver com a natureza é muito importante. O evento tem de se relacionar com país, com os brasileiros, com os clientes da Volvo, aqui e no Exterior, e sabemos que Scheidt foi a melhor escolha para esta ponte” disse Marcos Saade, diretor executivo da Volvo. “Estamos com ele com ou sem medalhas”, disse numa referência aos próximos desafios de Scheidt, o Campeonato Europeu, que começa na semana que vem e o Mundial de Vela, que esta ano será realizado em Fortaleza (CE), em setembro.

Saad observou que com as ações da Volvo relacionadas ao evento no país e a participação do barco Brasil 1 e dos brasileiros do ABN Amro, o esporte tende a se popularizar cada vez mais. “Esse país é um celeiro de atletas e queremos auxiliar nesse incentivo”.

O diretor da Volvo falou ainda que, dentre as ações da marca na parada brasileira no ano que vem, pretende trazer alguns triciclos à vela (movido pelo vento) para as areias do Rio de Janeiro. “É uma novidade”. Outras ações são as clínicas de vela – realizadas em 2002 na Marina da Glória com o próprio Scheidt, programa de relacionamento com clientes e incentivo para funcionários.

Este texto foi escrito por: Cristina Degani