A disputa entre as equipes é uma atração à parte na final do Brasileiro, neste fim de semana, em Itatiaia (RJ). Atletas da Scott, Caloi e Specialized/Amazonas ocupam as seis primeiras posições na classificação. “O jogo de equipe também é importante, e pode ajudar a decidir corridas e títulos”, diz Márcio Ravelli líder do campeonato. O companheiro dele na Scott é Odair Pereira, também de Itu, quarto colocado no geral.
O brasiliense Abraão Azevedo, considerado como o principal adversário de Ravelli nos últimos anos, faz parte da Amazonas juntamente com Albert Morgen, o vice-líder do Brasileiro. Abraão, Ravelli e Ivandir Souza Santos (Caloi), o Kamon, foram escolhidos pela Confederação Brasileira de Ciclismo como os melhores bikers do Brasil no início desta temporada e ganharam direito de participar de etapas da Copa do Mundo. Kamon chegou a viajar para a prova da Bélgica, mas ficou fora da corrida porque não era ranqueado na feredação internacional (UCI). Já Ravelli e Abraão pedalaram em três etapas e retornaram ao Brasil nesta semana.
O biker de Brasília, no entanto, está em sexto lugar e precisa vencer e torcer para que os líderes não andem bem amanhã para tentar o título pela combinação de resultados.
Já os atletas da Caloi vêm mostrando boa performance não só no Brasileiro como em outros campeonatos importantes. No Paulista e no Interestadual, que reúne o maior número de pilotos do eixo Rio-São Paulo-Minas, Renato Seabra e Ivandir vêm se revezando nas duas primeiras colocações. No Nacional, Seabra divide o segundo lugar no geral com Albert Morgen.
No feminino, Scott e Specialized/Amazonas estão empatadas na liderança com Jacqueline Mourão e Adriana Nascimento, respectivamente. Enquanto a mineira Jacqueline tem como vantagem a regularidade neste temporada, Adriana aposta na experiência: foi a campeã brasileira nos últimos cinco anos.
Modernidade – Os times não investem apenas em grandes atletas. As bicicletas usadas no cross-country dão um show de tecnologia: têm pneus especiais, suspensões traseira e dianteira, e câmbio de 27 marchas. Durante a prova, cada biker carrega ferramentas para reparos rápidos, câmaras de ar reservas e um pequeno cilindro de nitrogênio, usado para inflar o pneu. Com tantas facilidades, a troca de um pneu furado demora apenas quatro minutos, mas que podem ser fatais para quem tem pretensão de arrebatar os primeiros lugares.
Além do título Brasileiro, a final deste domingo vale a vaga olímpica – no masculino – e classifica para o Mundial da Espanha, em junho.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: maio 13, 2000
