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Segunda etapa tem especial foi rápida e com muita poeira

Redação Webventure/ Offroad

Ulysses Bertholdo no final da segunda especial  entre Patos de Minas e Unaí (foto: Fábia Renata)
Ulysses Bertholdo no final da segunda especial entre Patos de Minas e Unaí (foto: Fábia Renata)

Unaí (MG) – Muita poeira. Esta foi a principal característica da especial de 219 km desta segunda etapa do Rally Internacional dos Sertões. A primeira moto saiu às 9h30 de Patos de Minas (MG), para largar às 10h, depois de 8 km de deslocamento.

A especial foi uma mistura de vários tipos de piso, com retas, erosões, curvas, trechos de navegação, muitas lombadas e mata-burros. As motos fizeram um reabastecimento no meio da especial. Parte da prova atravessou a fazenda de eucaliptos Bom Sucesso, no município de Paracatu.

A poeira atrapalhou os pilotos da ponta. Tiago Fantozzi (105/Husqvarna/Super Production) teve problemas com o seu road book e não conseguiu mais navegar. Decidiu esperar pelo piloto que vinha atrás para acompanhá-lo. Juca Bala (104/Honda/SuperP) era quem estava atrás, pegou a poeira de Fantozzi e caiu em um mata-burro.

Outro piloto de moto que teve problemas foi Andréa Costa (138/Suzuki/Production), que se perdeu e bateu de frente com outro piloto, Luiz Azevedo (133/Yamaha/Production-Novatos), também perdido. Andréa foi socorrida pelo médico que acompanha a prova por terra e, depois, foi levada pelo helicóptero. Além do susto, nada grave aconteceu com a piloto, que está esperando a avaliação do médico para saber se pode voltar para a prova.

Sem salto – Nos carros, Édio Füchter (201/TT2/Chevrolet) foi o primeiro a chegar o fim da especial e marcou o terceiro melhor tempo. Estava muito cansado, andou num ritmo para poupar o carro, que terminou inteiro, cuidou para não saltar muito nas curvas de nível que fazem os maiores estragos. Não considerou uma etapa difícil.

Ulysses Bertholdo (204/TT2/Mitsubishi), que chegou um minuto depois, disse que foi “uma das especiais mais legais do Sertões até hoje, com trechos rápidos, alguns travados, outros que exigiram muito da navegação; piso com saibro, bastante escorregadio, uma especial completa”. O seu objetivo é chegar em Fortaleza com o carro inteiro.

Para Guilherme Spinelli (203/TT2/Mitsubishi), que foi o mais rápido hoje, a especial de ontem havia sido feita com a estratégia de completá-la. Conseguiu atingir o objetivo e a L200 terminou intacta. Nesta segunda-feira, segundo ele, “a especial foi rápida, com características bem diferentes da Serra da Canastra, com navegação, trechos escorregadios”, e com isso ele ganhou duas posições em relação a ontem.

Na opinião de Spinelli, o rali este ano está mais organizado tecnicamente, a programação está melhor, dando mais tempo para descansar, para os mecânicos trabalharem e os carros ficam prontos mais cedo. “Tudo rende mais”, diz.

Carro alcançado é carro ultrapassado? – Klever Kolberg e Lourival Roldan (212/TT2/Mitsubishi), largaram muito atrás, devido ao problema com as bombas de combustível na especial de ontem. Hoje, a primeira bomba pifou, mas a segunda conseguiu segurar até o fim. O principal problema da dupla neste segundo dia foi com relação às ultrapassagens.

Segundo Kolberg, quando pedia passagem os pilotos da frente não davam, ou seja, a consideração do diretor de prova, o português Jaime Santos, que diz que “carro alcançado é carro ultrapassado”, não acontece na prática. Para o piloto, este tipo de especial é ruim para o Rally, pois tem muita poeira. “Ou o piloto se arrisca e ultrapassa, ou precisa ter paciência”, define. Hoje ele optou pela segunda.

Este texto foi escrito por: Fábia Renata

Last modified: julho 9, 2001

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