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Seleção Brasileira preparada para o Six Days

Motos novas, boa alimentação e longas noites de sono são o diferencial dos pilotos brasileiros para o Internacional Six Days, a olimpíada do motociclismo, que acontece durante esta semana, na República Tcheca.

A largada para o primeiro dia de prova acontece na próxima terça-feira. Enquanto isto, a seleção que irá representar o Brasil na prova descansa e se preocupa com a alimentação. “Não podemos mais treinar com as motos. Elas estao desde ontem no parque fechado e só serão liberadas no dia da prova. Agora é boa alimentação e descanso, comenta Márcio Joanita, piloto de Jundiaí”.

Enquanto isto, a equipe técnica do Brasil se prepara para o desfile de abertura que irá acontecer na noite de hoje (23/09). Serão 31 países apresentando seus times para um público de 20 mil pessoas e 62 canais de televisão dos continentes europeu e americano. “Estamos ansiosos, mas temos certeza que vamos fazer uma boa apresentação. O Brasil está preparado e bem estruturado na República Tcheca”, diz Persival Resende, chefe da equipe brasileira.

Competição – Para a competição também está tudo preparado. Pela primeira vez a seleção brasileira estará correndo com motocicletas zero quilômetro e com uma forte estrutura de apoio, junto a seleção italiana, que já tem 12 títulos na história do Six Days. “Fizemos uma reunião com o pessoal da Itália e ficou acertado que vamos unir os apoios. Isto é muito importante, pois a seleção italiana é uma das mais experientes nesta prova e assim, vai nos ajudar muito”, explica Dyonísio Malheiro, organizador do Six Days Brasil, em 2003.

Bernardo Magalhaes, 33 anos – KTM 250cc EXC 2003

“Minha moto é uma ediçao especial da KTM, feita para o Six Days. Muda pouca coisa em relaçao a original. Apenas escape, ponteira, capa de banco, guidao e adesivos. O diferencial está no ano da moto. A que irei correr é 2003. Comparando com a do ano passado, ela está mais leve e estreita, se assemelhando com as de motocross”. A prova deste ano vai ter muitas dificuldades, mas estou melhor preparado do que nos anos anteriores. Em 2002, direcionei meu treino para a prova da República Tcheca.

Agora, os resultados disto só da para saber depois da prova. Nao estou esperando uma prova difícil como anos anteriores, mas está longe de ser fácil. O Six Days é sempre um desafio, que pega de surpresa quando menos esperamos.”

Felipe Zanol, 21 anos – Husqwarna 250cc 2003

”Minha motocicleta não mudou muito de 2002 para 2003. A que ando no Brasil é bem parecida com a que estou aqui. O que está favorecendo a preparação é a gasolina da Europa, é muito boa, assim a regulagem do motor fica melhor. É o meu segundo Six Days. Pelo que temos conversado com o time italiano, esta não é uma prova muito difícil. O terreno traciona muito, isto é bom, se não chover vai ser tranqüilo da equipe terminar. Na minha opinião, a medalha de ouro está bem próxima.

Luis Felipe Bastos, 25 anos – TM 250cc 2003

Queria estar andando de quatro tempos, mas foi inviável. A moto que estou usando é bem superior a minha do Brasil, ela é moto mais suave. Em relação a prova, estou esperançoso. A ameaça de chuva deixa a gente com medo. Quero lutar para completar a prova e pelo ouro, o meu grande objetivo. Este ano meu treinamento foi voltado para o campeonato nacional e para estar na seleção. Aqui o favoritismo não existe, o negócio é por equipe, o lado individual fica de lado. O incentivo da CBM e dos patrocinadores me trouxeram para o Six Days.

Marcio Joanita – 30 anos – Gas Gas – 400 fseII 2003

”A moto está com um chassi melhor. Mudou o grafismo, que é muito semelhante da que estou andando no Brasil. A única vantagem é que ela foi acertada pela fábrica, com gasolina com 98 octano, bem superior a do Brasil. Como tem injeção eletrônica, compensa diferenças de temperatura e altitude. Peguei a moto com pouco nitro na traseira e tivemos que mexer na suspensão. A ohlins cuidou disto.

A moto foi testada e ficou boa. Acho que semana que vem vamos pegar uns dois dias de chuva. Na minha opinião a prova vai ser complicada. Vamos fazer a vistoria hoje, mas a organização está cobrando muito nas vistorias. O regime do pais é rigoroso, com relaçao ao
regulamento, eles devem estar cobrando isto durante a prova”.

Alexandre Fernandez, 33 anos, KTM 125cc 2003

A moto é uma novidade para mim, no Brasil eu ando de Suzuki. Estou me adaptando a moto, que é específica para enduro, diferente da minha 125, que é de motocross. Treinei dois dias com ela, já melhorei muito e estou confiante, pois é uma moto zero quilômetro e vai atender ao que eu pretendo fazer este ano, que é terminar a prova.

A expectativa é muito grande, é a segunda vez que eu participo, não temos uma experiência tão grande como as outras equipes. Quero ver se eu termino bem, na outra participação sofri demais, pois estava com uma moto que só dava problema. Este ano, estou mais estruturado, sem o medo do nome Six Days.

Pélmio Simões, 30 anos, Husqvarna 570cc, 2003

É meu primeiro Six Days. Estou encarando a prova com naturalidade, sem muitos compromissos. Quero terminar e ajudar a equipe a conquistar uma boa colocação. Minha moto é bem parecida com a que eu ando no Brasil, a diferença ficou por conta do combustível e da preparação. Espero que não chova, se não a coisa vai ficar feia por aqui. Vamos ver no que vai dar.

Este texto foi escrito por: Webventure