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Sertões em 9 dias e 6 estados; saiba os pontos turísticos do roteiro

Redação Webventure/ Aventura brasil, Destino Aventura, Offroad

Morrão em Palmeiras (foto: Branco Pires)
Morrão em Palmeiras (foto: Branco Pires)

Após 4.776 quilômetros e nove dias de pura adrenalina, emoção, além de muita poeira, os competidores do 15º Rally dos Sertões finalmente cruzarão a linha de chegada nesta sexta-feira, na bela cidade de Salvador (BA), a “terra da alegria”. Serão no total seis estados e dezenas de cidades diferentes, cada uma com suas peculiaridades.

Para os amantes da natureza e das belas paisagens, assim como riquezas históricas e culturais, cada cantinho do roteiro do Sertões é uma mina de ouro. Do interior ao litoral do país, cada local tem seus encantos.

Dentre todas as belezas com que os competidores se depararam pelo caminho, com certeza o Deserto do Jalapão se não é inesquecível, é no mínimo memorável, primeiro pela dificuldade técnica de se pilotar no areião e depois por sua beleza contagiante. Ainda selvagem e pouco explorada, a paisagem da região é de árvores e galhos retorcidos que contrastam com os rios e águas cristalinas.

Apesar de ser denominado como deserto, o Jalapão tem água em abundância. O Rio Novo, por exemplo, é imenso, de água potável e temperatura amena. O termo se refere a sua densidade demográfica, já que são apenas 1,3 habitantes por km².

Águas – Uma parada obrigatória para quem visita o local é o Fervedouro, uma piscina natural cercada por bananeiras. O encanto do local é o fato das pessoas não conseguirem afundar! Vale a pena visitá-lo para entender melhor o fenômeno da ressurgência: a água do lençol freático abaixo do Fervedouro não encontra vazão e por isso jorra com bastante força.

Para quem gosta de água, outra atração é o Rio Novo. Desde calmaria até corredeiras de nível IV, o rafting por suas correntezas agrada todos os gostos. O passeio pode durar até três dias e propiciar momentos como ver araras azuis voarem pela imensidão do céu de Tocantins ou então apreciar uma cachoeira gigante e impressionante.

É claro que quem vai ao Jalapão não pode deixar de ver as famosas dunas. No total são 40 metros delas, circundadas por lagoas e veredas. Com a luz do pôr-do-sol, as dunas brilham ainda mais.

  • Saiba mais sobre o Jalapão

    São Raimundo Nonato foi a única cidade piauiense por onde a caravana do Sertões passou, mas com certeza foi o suficiente para encantar. O município, que tem aproximadamente 30 mil habitantes e está a 517 quilômetros da capital do estado Teresina, abriga parte do Parque Nacional da Serra da Capivara , uma área declarada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco desde 1991.

    Segundo os estudiosos existem mais de mil espécies vegetais neste Parque, mas pouco mais de seiscentas foram catalogadas. Plantas espinhosas como o Xique-xique, o Mandacaru, o Facheiro, o Quipá, a Coroa-de-frade e o Rabo-de-raposa são responsáveis pela composição de um visual único.

    Apenas parte do Parque está localizada em São Raimundo Nonato, já que sua área de 130 mil hectares engloba outras três cidades. No entanto é em São Raimundo que está localizado o Museu do Homem Americano.

    Acervo arqueológico – O Parque da Capivara abriga mais de 744 sítios arqueológicos, que tem inscrições pré-históricas com idade de seis a 12 mil anos, além de restos de objetos, como ferramentas e sepulturas. Pesquisadores acreditam que o primeiro homem das Américas tenha vivido no local há mais de 30 mil anos, por isso o nome do museu, que reúne peças encontradas nas escavações.

    Os visitantes podem ver, por exemplo, uma mandíbula de um tigre dente-de-sabre, um pedaço de crânio fossilizado, cerâmicas de quase nove mil anos e um machado de pedra polida de 9.200 anos. Além de conferir o acervo arqueológico, também é possível conhecer a Toca do Boqueirão da Pedra Furada, uma abertura de 15 metros de diâmetro numa parede de 60 metros de altura, considerada uma das principais belezas do local.

  • Saiba mais sobre o Parque Nacional da Serra da Capivara, com direito a dicas para os visitantes

    Na terça-feira, 14/08, enquanto as motos, quadriciclos, carros e caminhões cumpriam o trecho cronometrado de 241 quilômetros entre Barra e Lençóis (BA), alguns jornalistas se aventuraram pela região da cidade de destino. O editor do Webventure Daniel Costa conta sobre os atrativos naturais da região. Confira!

    Direto de Lençóis (BA) – Enquanto esperavam os veículos chegarem nesta terça-feira, parte da equipe de imprensa que segue o Rally dos Sertões 2007 foi conhecer algumas trilhas e cachoeiras no entorno de Lençóis, cidade destino da sexta etapa do rali.

    Com uma caminhada moderada, de duas horas, é possível conhecer três atrações naturais da Chapada Diamantina. Nada comparado aos principais pontos turísticos do local, como o Morro do Pai Inácio, Vale do Pati ou a Cachoeira da Fumaça. Ainda assim, é uma boa opção para quem precisa de um passeio rápido, à pé, e que dispensa guia. Ideal para o primeiro contato com a natureza da Chapada.

    Subindo pelo leito do Rio Lençóis, por entre as pedras tingidas de amarelo pelo ferro presente na água, é possível chegar ao Serrano, região onde até 1992 era de garimpo. Hoje a beira do rio é povoada pelas lavadeiras, que exibem o colorido das roupas locais no rio. Corredeiras fortes nas pedras formam pequenos escorregadores.

    Logo atrás, seguindo por uma trilha entre grandes pedras, fica o Salão de Areia, local onde é possível ver as areias de diversas cores que compõem o artesanato local. No caminho, pequenas cavernas e areia fofa. O esfoço é compensado com belas fotos.

    Mais acima, ainda pela mesma trilha, os turistas cruzam o rio Lençóis, agora mais calmo, em direção a Cachoeirinha, local com um lago raso e uma cachoeira fina, com 15 metros de altura. No fim do passeio, o banho é obrigatório.

    O retorno para Lençóis pode ser feito por uma trilha leve, saindo pela Cachoeirinha, e que chega no centro em 20 minutos.

    Lençóis é o portal de entrada para a Chapada da Diamantina, que abriga também os municípios de Andaraí, Mucugê e Palmeiras. A região abriga chapadões, rios, cachoeiras, piscinas naturais de águas cristalinas, grutas e outras tantas belezas naturais, que propiciam a prática de esportes de aventura.

    A exuberante e imponente Cachoeira da Fumaça despenca do alto de seus 400 m para encantar observadores. Devido a sua pequena vazão de água, forma-se uma cortina de fumaça perto do solo, daí seu nome. Para quem pretende vê-la de cima, a caminhada é de 12 quilômetros. Já para apreciá-la de baixo, é preciso um pouco mais de fôlego. São três dias de caminhada, acampando e passando por lugares como a Serra do Veneno, Cachoeira do Palmital, Cachoeira do Sossego, entre outros.

    Outra dica para os aventureiros é a Gruta do Lapão, que tem 40 metros de altura e 120 metros de extensão. Do topo, muitos corajosos saltam de bung jump e fazem rappel. Já para quem deseja um desafio ainda maior e mais duradouro, o trekking até o Vale Pati pode ser um prato cheio. A trilha liga o Vale do Capão, no povoamento de Caeté-Açu, à cidade de Andaraí. No total são 50 quilômetros e caminhada pode durar até cinco dias. É prova de fogo!

    Clima e vegetação – Com uma temperatura média anual de 23ºC, as chuvas, que acontecem na parte da manhã ou no final da tarde, são quase constantes. A vegetação é eclética, varia desde matas tropicais até campos de vegetação mais rala. A bromélia é a flor típica da região, mas também podem ser encontradas orquídeas, sempre-vivas, velósias e cactos.

    Sexta-feira, 17/08, é dia de folia para os campeões do 15º Rally dos Sertões! Eles finalmente cruzarão a linha de chegada na bela cidade de Salvador e com certeza não faltarão motivos para comemorar na chamada “terra da alegria”!

    Capital baiana, Salvador é uma das cidades mais visitadas do país. São milhares de turistas a cada ano, interessados em aproveitar o calor nordestino, a descontração baiana e a rica cultura soteropolitana. Marcada por construções do período colonial, a cidade apresenta igrejas, fortes, palácios e cerca de 350 casarões do Pelourinho, além de belíssimas praias. Com ruas estreitas e ladeiras íngremes, Salvador é dividida em Cidade Baixa e Alta. Elas são ligadas na região central pelo Elevador Lacerda.

    Salvador tem no total 2.714.018 habitantes distribuídos em seus 707 km². Seu clima é quente e úmido sem estação seca, característico do litoral. A temperatura média anual é de 25,3º C e o índice pluviométrico de 1.500mm.

    Já sua vegetação é bastante variada, e vai desde as existentes em praia às das dunas. Todas sofrem contínua ação dos ventos marinhos, carregados de sal. Esta combinação, associada à água do mar e às areias, confere à vegetação litorânea um aspecto particular. O capim-da-areia, o alecrim-da-praia, a pimenteira, a grama-da-praia e o capim-paraturá estão entre as espécies vegetais encontradas em Salvador.

    Turismo – A cidade é repleta de belezas naturais, local propício para a prática de esportes de aventura. Entre as modalidades praticadas no local, estão: bungee jump, canoagem, ciclismo, escalada em rocha, mergulho, rapel, vela, entre outros. Para quem gosta de areia e mar, a cidade também é um paraíso. São mais de 50 quilômetros de praias distribuídas pela cidade. Dentre as principais, estão a da Boa Viagem, da Gamboa, Ondina, Pituba, entre outras.

  • Saiba mais sobre Salvador

    Este texto foi escrito por: Roberta Spiandorim

    Last modified: agosto 15, 2007

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