Piloto de moto no Sertões de 2010 (foto: Marcelo Maragni / Arquivo Webventure)
Em 2011, os pilotos da 19º edição do Rally dos Sertões terão de desbravar 4.026 quilômetros entre as cidades de Goiânia (GO) e Fortaleza (CE). Desses, 2.411 quilômetros serão especiais (trechos técnicos onde efetivamente o cronômetro está contando), ou seja, praticamente 60% do percurso. Isto significa 505 quilômetros a menos de deslocamento em relação ao percurso de 2010 (4.486) e 45 a mais de especiais (2.366).
Alguns corredores acharam o percurso complicado, depois de verem fotos do roteiro durante o briefing da prova, que aconteceu esta semana em São Paulo. As imagens mostravam áreas com grandes erosões, caminhos estreitos e muita areia, com possível navegabilidade minuciosa em algumas passagens, segundo Marcos Moraes, organizador do evento.
O navegador Youssef Haddad, projetista do próprio carro e vencedor da prova em 2010 com a Mitsubishi L200 Triton SR (primeiro carro a ganhar utilizando etanol como combustível), concorda que o percurso pareça ter alguns trechos truncados, mas a dificuldade será igual para todos os competidores.
O piloto de caminhão Guido Salvini também diz que a prova parece estar pesada, com um nível técnico alto, principalmente no trecho antes e pós-maratona. Mas, ele lembra também que a parte mais vulnerável é justamente a maratona, quando não é permitida a assistência de mecânicos. Teremos de cuidar do equipamento para que não quebre. E tentaremos não repetir o erro do ano passado: capotamos na maratona e acabamos perdendo a etapa seguinte, conta.
Para Dimas Mattos, piloto de moto que correrá pela 15º vez, a complexidade do trajeto é uma vantagem. Eu torço para que tenham etapas cada vez mais difíceis, pois tem muito piloto jovem e afoito chegando. Então, quanto mais complicado, mais experiência o piloto tem de ter para saber o ritmo de largar, avalia.
Este texto foi escrito por: Amanda Nero
Last modified: junho 17, 2011