Jean teve que abandonar (foto: André Chaco/ www.webventure.com.br)
Não faltaram pilotos que classificassem as especiais do Rally dos Sertões como a mais difíceis de toda a história. Os primeiros dias foram comparados às duras etapas dos campeonatos mundiais e até mesmo Rally Dakar, maior prova de off-road do mundo.
Das 11 edições que participei esta, com certeza, foi a mais dura. Portanto chegar até o final é uma vitória, afirmou André Azevedo, que esteve presente em 20 edições do Rally Dakar.
E os números não deixam mentir. Dos 155 pilotos que participaram do Prólogo, em Goiânia (GO), no dia 8 de agosto, 102 chegaram ao Farol da Barra, em Salvador (BA), um total de 34,19% de desistências.
Números – As motos tiveram o maior número de desistência, 24 no total. No prólogo, em Goiânia (GO), 87 pilotos largaram, mas apenas 61 chegaram ao final do Sertões, um percentual de 29,89% de abandonos. Um desses abandonos foi do pentacampeão Jean Azevedo, que teve inúmeros problemas com sua moto e se viu obrigado a abandonar depois de um recurso do francês Cyril Despres, que o obrigava a largar nas últimas posições.
Já nos carros, o percentual de abandonos foi maior, com 42,86%. Dos 56 veículos que disputaram o prólogo, 32 cruzaram a linha de chegada em Salvador, totalizando 24 abandonos. Logo no primeiro dia, o carro de Willen e Doris van Hees capotou na especial. Apesar do casal não ter tido ferimentos graves, o Dr. Clemar Correa, chefe da equipe médica, classificou o resgate como o mais difícil do rali. Mesmo assim a dupla tentou voltar, mas o estrago no carro não deu para ser consertado a tempo.
Os caminhões tiveram o menor número de baixas, apenas três. Foram 12 peso-pesados largando para o prólogo e nove chegaram a Salvador, uma baixa de 25%. Todos os favoritos se mantiveram na pista e completaram a prova. Um dos únicos incidentes foi a quebra do pára-brisa de Guido Salvini na etapa maratona. Como não era permitida a troca, o trio correu uma especial sem o vidro da frente.
Este texto foi escrito por: Redação Webventure