Os barcos já estão disputando a etapa considerada mais complicada da Volvo Ocean Race. A sétima perna entre Auckland, na Nova Zelândia, e Itajaí (SC), no Brasil, tem ao todo 7.600 milhas náuticas e deve ser concluída até 6 de abril. Milhares de fãs se despediram dos tripulantes das sete equipes na baía de Auckland. Mais de 500 mil pessoas passaram pelo Race Village no Viaduct Basin, na chamada Cidade das Velas.
Líder do campeonato, o espanhol MAPFRE largou melhor e liderou uma volta ao redor do Porto de Waitematā e depois para o Golfo de Hauraki, com o Dongfeng, Team Brunel e Turn the Tide on Plastic por perto a perseguir o barco espanhol. O Brasil é representado também pela campeã olímpica Martine Grael, a bordo do team AkzoNobel.
As dificuldades vão aumentar a cada milha. Ventos fortes, gelo dos mares do sul, ondas gigantes e muito mais dão o tom nessa perna, que vale pontuação dobrada. A passagem pelo mítico Cabo Horn dá um ponto extra ao que rondar primeiro. ”Acho que para todo grande velejador, o Cabo Horn é um grande mito. Fazer esta regata e não passar pelo Cabo Horn com certeza não teria o mesmo gosto. Então, esta perna será muito difícil, por causa das grandes ondas, do sistema de pressão, acho que a natureza tem essa habilidade de nos colocar em um lugar bem pequeno, quando estamos velejando. E acho que será muito bom quando chegarmos no Brasil e aproveitar o calor dos brasileiros”, disse Martine Grael.
Nos primeiros dias, os barcos precisam enfrentam os ventos fortes da Península de Coromandel e depois o Cabo Leste da Nova Zelândia, antes de virar para sul em busca dos sistemas de baixa pressão. “Estamos em uma das etapas mais difíceis da prova”, disse Peter Burling, do Brunel, um herói na Nova Zelândia por trazido para casa a America’s Cup no verão passado e ter vencido a Olimpíada de 2016. “O maior desafio é a resistência, ter que manter um ritmo muito alto em condições muito difíceis … é muito difícil para nós kiwis sair de casa, mas estamos muito empenhados em começar a etapa”.
A Zona Inicial de Exclusão de Gelo permitirá que as equipes vão para sul até os 59 graus de latitude, bem nos “Furious Fifties”, onde o vento e as ondas circundam o planeta sem obstáculos por terra, permitindo atingem dimensões muito grandes.
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Além disso, os barcos vão passar pelo Ponto Nemo, ponto mais remoto do planeta. “É uma parte do mundo em que por vezes temos que nos esquecer da prova “, comentou o mavegador do Dongfeng Race Team, Charles Caudrelier. “É um lugar especial, navegar no Sul – onde o mar é maior, o vento é mais forte, temos que estar muito atentos”.