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Sexta vítima denuncia descontrole no Aconcágua

Mais uma morte no Aconcágua. A sexta vítima da temporada foi encontrada em sua barraca, dentro do saco de dormir, com edema pulmonar. O japonês Yshigl Tamiharu, de 32 anos, descansava no acampamento-base de Plaza de Mulas (4.200 metros), no lado noroeste. Diante de tantos acidentes, a Nadie, orgão do governo que controla as escaladas no local, quer restringir o número de aventureiros.

A estrutura montada nesta temporada ofecere sanitários e equipes de resgate aos visitantes, mas nem sempre há helicópteros para os casos de emergência. O último episódio que denunciou a precariedade no local foi o resgate do alpinista francês Pierre Trelle, que ficou três dias na Plaza de Mulas, em estado grave, aguardando a busca. Quando o helicóptero baixou, ele já tinha as pernas, mãos e rosto congelados. Levado a um hospital italiano, os médicos acreditam na possibilidade de amputação.

A operação de resgate custou 4 mil dólares e a retirada de quatro cadávares de argentinos que caíram do Glaciar dos Pólos na semana passada, 8 mil. Até agora a província custeou os danos, mas há possililidade de recuperar parte do dinheiro, porque algumas vítimas tinham seguro. Mas a maior parte dos que tentam subir o Aconcágua são turistas sem conhecimentos básicos de montanhismo, que só contam com a ajuda dos guias. As taxas para ir à monte não incluem o possível resgate. No ano passado, cogitou-se a cobrança do seguro, mas a medida foi cancelada depois do protesto dos escaladores.

Não é preciso levar atestado médico nem o governo exige alguma comprovação das habilidades dos “alpinistas”. A única restrição é a menores de 14 anos. O diretor da Nadie, José León, disse estuda aumentar a taxa para entrar no Aconcágua e exigir o seguro, como fazem os demais países. Mas até agora não há nada definido.

Este texto foi escrito por: Webventure