“O Ravelli é o melhor do Brasil. É um atleta completo, tem força, resistência, técnica. É uma pena que não esteja fora do país”. Assim, Adriana Nascimento, a rainha do mountain bike brasileiro descreve Márcio Ravelli, o rei. Como a colega, ele já perdeu a conta de quantas vezes cruzou a linha de chegada no campeonato mais disputado do país.
“Acabei de ganhar o Brasileiro pela sexta vez”, conta. Se perdeu a graça? “Não, de jeito nenhum. Esta é a minha maior conquista. Nem tanto pelo campeonato, mas pelo número”, revela o biker.
O paulista de Itu também está de malas prontas para os Jogos Pan-Americanos do Canadá. Além dele e Adriana, o Brasil será representado por Ivandir de Souza, vice-campeão nacional. Ravelli é o único que já realizou o sonho de ir a uma Olimpíada – Atlanta’96. “Sabia que ia levar pau. Mas até que andei bem, fui o 26º do mundo”, lembra.
Uma medalha – Para o Pan de Winninpeg, ele acredita que a disputa será igualmente difícil. “Temos mais chances de sucesso no Pan-Americano da Colômbia, já que os americanos e canadenses não estão tão preocupados em assegurar a vaga para Sydney porque provavelmente vão se classificar pelo ranking. Então, acho que uma das três medalhas será nossa”, aposta.
Apesar das dificuldades em competir com as feras internacionais, Ravelli diz atravessar um bom momento na carreira. Na vida pessoal, não há dúvidas. Ele acaba de ser pai de Marília Gabriela – “o nome foi a minha mulher (Melissa) quem escolheu não por causa da apresentadora, mas por começa com M”, explica.
Aos 27 anos, Ravelli, que começou no bicicross, planeja participar de mais duas Olimpíadas e, se possível, realizar o sonho da medalhas. “Se não, vencer uma corrida internacional bem famosa. Isso abre as portas para tudo.”
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira