Zé Hélio terminou etapa em quinto (foto: Fábia Renata / www.webventure.com.br)
Sexto dia do Rally por Las Pampas foi um dos mais difíceis
Direto de Copiapó (Chile) – O sexto dia do Rally por Las Pampas foi marcado pela beleza das paisagens e dificuldade do terreno na especial de 375,90 quilômetros, com largada em La Serena e chegada em Copiapó, no Deserto do Atacama. A especial passou pela Bahia Inglesa, praia mais famosa do Chile, com areias brancas e finas e águas de cor azul-turquesa.
Nas motos, o espanhol Marc Coma ganhou mais uma, seguido de perto pelo chileno Fernando Lopez. José Hélio foi o brasileiro mais bem colocado, com o quinto tempo. Nos carros, foi a vez da dupla Luc Alphand/Gilles Picard vencer, com seus companheiros de equipe Joan Roma/Henri Magne em segundo. As duas duplas brasileiras do Chevrolet Rally Team chegaram em terceiro, Luís Tedesco/Rogério Almeida, e em quarto, Marlon Koerich/Joseane Koerich.
Foi a especial mais difícil do rali, até mais do que a de 650 quilômetros. A trilha tinha muita pedra. Pedra redonda, pedra pontuda, pedra grande, chão de pedra. A navegação também estava muito difícil. Optei por andar mais devagar e não correr o risco de errar, disse o piloto que anda com uma Suzuki DRZ 400 e está ansioso pela etapa desta terça-feira, que será realizada nas dunas.
Gosto muito de Copiapó, já andei nessas dunas três vezes. É o lugar mais árido do mundo e em 2002 tive a oportunidade de ver o deserto florido, depois de uma das raras vezes em que chove por aqui, contou.
Navegação difícil – Os irmãos catarinenses, Marlon e Joseane Koerich, do Chevrolet Rally Team, tiveram a ajuda da outra dupla da equipe, Luís Tedesco/Rogério Almeida, para vencerem os difíceis trechos da especial desta segunda-feira.
Hoje foi complicado para a navegação e ainda mais nosso GPS estava com problemas. A sorte é que o Tedesco e o Rogério largaram logo depois da gente e nossa estratégia hoje foi andar junto. O Rogério me ajudou muito, tive que falar para o Marlon voltar em três momentos, mas deu tudo certo, disse Joseane.
Rogério Almeida também achou a especial difícil, mas formidável. O cearense estava até um pouco afônico, de tanto que teve que falar nesta etapa. A prova teve dois aspectos. A trilha estava muito técnica, muito dura, com pedra e areia. Botaram a gente dentro de um liquidificador e deixaram ligado por sete horas. O outro destaque foi a navegação, muito exigente, com lugares que tinham tantos caminhos que foi difícil descobrir qual era o certo. Foi muito legal, estou moído, mas feliz, disse Almeida.
Nesta terça-feira, os competidores permanecerão em Copiapó, para uma especial de 236,70 quilômetros, em dunas gigantes. O parque de apoio está montado no meio das dunas, uma locação bem típica de deserto. Uma grande tenda abriga o restaurante, onde toda a caravana do rali janta e participa do briefing, além da sala de imprensa.
Este texto foi escrito por: Fábia Renata