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Short Adventure na cidade grande


Dupla realiza trecho de canoagem em botes infláveis na raia olímpica da USP. (foto: Leonardo Soares/Gazeta Press)

Ontem pela manhã os moradores de alguns bairros da cidade de São Paulo não entenderam muito bem o que estava acontecendo. Um monte de gente com mochila nas costas, roupas coloridas e com cara de desesperados corriam pelas ruas dos bairros do Morumbi e Butantã. Era a Short Adventure, corrida de aventura para iniciantes, que pela primeira vez fora realizada em trechos urbanos.

Cerca de 80 duplas largaram às 9h45 na raia olímpica da USP (Universidade de São Paulo), conhecida como Cidade Universitária. Logo após a largada, os atletas pedalaram 8km dentro do complexo universitário. Depois, seguiram para a prova de canoagem em botes infláveis (ducks), atravessando a raia olímpica por 4km.

Por ser uma corrida de nível fácil, praticamente organizada para equipes iniciantes, muitas duplas não sabiam o mínimo de técnicas de remada, e ficaram se deslocando em círculo na etapa da canoagem, enquanto eram ultrapassadas por outras duplas. Todos se divertiram com a cena, até mesmo os próprios atletas.

Trechos urbanos – Após a remada, as equipes realizaram um trekking de 10km pelos bairros vizinhos à Cidade Universitária. Elas adentraram ao Bosque do Morumbi, onde muitas crianças brincavam na areia do parque e ficaram encantadas com a multidão de atletas eufóricos que passavam pelo local.

A navegação foi bastante simples, pois o mapa usado pelas duplas era quase um xerox de um guia de ruas da cidade de São Paulo, e não o mapa topográfico, geralmente utilizado em corridas mais longas. Após a passagem pelo Bosque, as equipes voltaram para a USP, onde um integrante de cada equipe realizou um rapel de 20 metros na arquibancada do estádio da universidade.

A próxima etapa foi uma pedalada de 8km, passando pelo Instituto Butantã, local de pesquisa de animais peçonhentos. Depois deste trecho, as equipes foram submetidas a special tests, exercícios especiais baseados nas Olimpíadas do Corpo de Bombeiros.

Foram quatro obstáculos baseados em provas militares e um salto de trampolim na piscina, na plataforma de 10 metros, que apenas um dos competidores da dupla deveria realizar. Existiam quatro plataformas: 3,5 m, 7,5 m e 10 m. Se o competidor pulasse da de 5 metros, por exemplo, seria penalizado em 5 minutos. Quem pulasse da plataforma de 10 metros poderia continuar a prova imediatamente.

Ao sair da arena de testes especiais, os atletas partiram para a última etapa da corrida, outra volta de canoagem na raia olímpica da USP. Depois, uma pequena corrida para o pórtico de chegada garantia a vitória de ter completado todo o percurso.

A primeira equipe a completar as etapas da Short Adventure foi a Lontra Radical, representada por Victor Lopes e Jefferson Serafim. Eles percorreram os 37,5km de prova em 3h15. A segunda dupla a chegar foi a Mamelucos, com Cris Carvalho e Zé Caputo, apenas um minuto após a primeira colocada.

Victor Lopez é um dos brasileiros que irá representar o Brasil na maior corrida de aventura do mundo, a Eco-Challenge, nas ilhas Fiji, em outubro. “Esta prova serviu como um treino para a Eco-Challenge. A maior dificuldade hoje é que estou acostumado com provas longas”, disse Victor, referindo-se ao fato da Short Adventure ser um prova curta.

Já Cris Carvalho disse se sentir em casa durante a corrida. “Estou acostumada com triatlo, então não tive dificuldade. Ainda mais que a USP é minha casa. Eu trabalho aqui”, comemorou Cris.

Premiação – Mesmo sendo considerada uma competição para iniciantes, muitos atletas de renome participaram da corrida para treinar e para concorrer à premiação, o maior atrativo do evento. Após o final da terceira disputa – as próximas etapas serão realizadas no Litoral Norte e no Petar – todos os inscritos estarão participando do sorteio de um Mitsubishi L200R, sendo que cada inscrição dá direito a um cupom para este sorteio.

Em cada disputa, as três melhores de cada uma das quatro categorias (masculina, feminina, mista e máster) receberão kits Reebok. As equipes com pelo menos uma mulher pontuarão no ranking de cada etapa, sendo que no final o time com maior pontuação receberá um prêmio de R$ 3 mil.

Este texto foi escrito por: Camila Christianini