Webventure

Shubi Guimarães traz atletas das antigas para o Ecomotion/Pro, que larga em quatro semanas


Shubi (à esq.) e Nora que está vindo da Nova Zelândia para ajudar a amiga (foto: Arquivo Webventure)

Faltando quatro semanas para o Ecomotion/Pro de 2012, que será realizado na Chapada dos Veadeiros (GO), Shubi Guimarães conta ao Webventure como é estar do lado de dentro do balcão e já deu para notar que uma das vantagens de ter a ex-atleta como organizadora é que seu prestígio está trazendo de volta competidores das antigas.

Ser organizadora era o que você imaginava ou tem muitas surpresas?
É o que eu esperava. Mas é óbvio que quando você põe a mão na massa, o buraco é mais embaixo. São muitos detalhes, coisas que você tem de organizar, pessoas, atletas, muitas variáveis. Mas acho que estamos com uma equipe boa. Tenho os meus irmãos [Tiago e Pedro, seu sócios] e o Said, que me ajuda bastante. Então, está fluindo bem.

Como está o trabalho?
Está ótimo! Na minha opinião, o mais complicado nele são todas as pequenas negociações financeiras. Mas, de resto, está tudo tranquilo e as parcerias estão indo bem.

Na prática, até que ponto o Said continua na organização?
O Said tem muita experiência. Em todo momento a gente pergunta como ele fazia uma coisa ou outra, como ele resolveria os problemas. E ele tem um histórico de fornecedores que estamos tentando manter o máximo possível. Ele não está botando a mão na massa, mas é um superconselheiro. Está dando o caminho das pedras.

Do que você mais gostou até agora como organizadora?
Levantar a prova [montar o percurso] com certeza é a parte mais legal. Eu vou pra Chapada, faço o percurso, levanto os mapas. Fui eu que montei a prova. Já fui duas vezes para lá e retorno nesse próximo sábado.

Já se arrependeu, em algum momento, de ter comprado o Ecomotion?
Ainda não. Muito pelo contrário, porque é muito mais difícil organizar do que correr.

Quantas pessoas estão envolvidas, ao todo?
No dia a dia somos cinco no escritório. Tem ainda um amigo de Brasília e a Nora [Eleonora Audrá, companheira de Shubi na Atenah que hoje mora na Nova Zelândia], que chega sábado para trabalhar comigo.

O que falta para fazer antes da largada?
Os acordos estão todos prontos. Agora, entra a fase de produzir os materiais de apoio, os jalecos, camisetas, montar o negócio e deixar em pé. O percurso está fechado, estamos apenas fechando a atualização dos mapas.

Qual vai ser a grande novidade este ano?
A principal, que todo mundo já está falando, será a canoagem técnica. A modalidade vai ser em caiaques duplos, em um rio com altas corredeiras.

Quantas equipes já estão inscritas?
Já tem 36, e tem de tudo [todos os perfis de atletas]. Vou dizer que o fato da Família Guimarães, ou talvez eu, ter assumido o Ecomotion, trouxe bastante gente das antigas para correr.

Quem?
A Equipe Canoar, com o Zé Pupo e a Marina Verdini, que pararam de correr, mas estão voltando. A Cris Carvalho, o Zé Caputo e o Caco Alzugaray também, além do Jorge Elage. Tem bastante gente, como a equipe Rosa dos Ventos, que correu desde o começo, mas parou nos últimos anos.

Isso é uma volta espontânea ou vocês estão correndo atrás dessa galera?
É tudo junto. Eles são grandes amigos, muita gente eu conheço das antigas e foram meus companheiros de prova. Tem uma parte emocional, uma parte de prestígio e uma de querer fazer uma prova que eu estou montando.

Alguém foi irredutível e disse que “corrida de aventura nunca mais”?
Não. Acho que quem gosta, gosta mesmo. Também não entrei em contato com ninguém que eu acho que fale “corrida de aventura nunca mais”.

Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi