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Simpósio de Certificação em Turismo de Aventura na Adventure Fair

Direto da Adventure Fair – O Simpósio de Certificação do Turismo de aventura aconteceu nos dias 24 e 25 de agosto no Salão das Artes, subsolo da Bienal do Ibirapuera, local onde acontece a Adventure Fair desde a última quarta-feira. Empresários, diretores de associações nacionais e internacionais e representantes do governo apresentaram palestras e painéis para o público.

Temas como a normalização do turismo de aventura, capacitação de guias e empresários, importância de associações e do consumidor consciente foram tratados nos dois dias. A localização e a falta de divulgação não motivou muitas pessoas a comparecerem ao evento, mas, segundo Mariane Costa, da Abeta, “o público foi de qualidade, formado principalmente por empresários que querem entender e participar do Programa Aventura Segura”.

A palestra que explicou o programa foi a primeira do simpósio. O projeto foi idealizado pelo Ministério do Turismo e o Instituto de Hospitalidade, e está sendo executado pela Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (Abeta), em parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Temas como as normas para certificação do turismo de aventura (de competências mínimas dos condutores e de gestão de segurança para empresas) foram explicados na palestra. Uma novidade é o curso de gestão empresarial que o Programa oferece, para aumentar o profissionalismo do turismo de aventura no Brasil.

Outro destaque foi a palestra sobre os Grupos Voluntários de Busca e Salvamento, que o Programa pretende criar em 15 pólos do turismo de aventura do país. Os palestrantes comentaram sobre regiões onde esses grupos já foram formados.

Normas – A manhã da sexta-feira terminou com um evento sobre as 19 normas criadas pela ABNT junto com um conselho da Abeta. A mesa formada por representantes da ABNT, INMETRO, entre outras entidades, explicaram em que fase estão todas as normas e debateram sobre as que já estão quase prontas.

Um dos principais encontros foi entre os empresários que estão em processo de implementação das normas já criadas em seus estabelecimentos. Marcelo Skaf do Cânion Iguaçu comentou sobre o Sistema de Gestão de Segurança, algo próximo dos Grupos Voluntários de Busca e Salvamento, que fazem parte das normas.

Jean-Claude Razel, da Alaya, uma das mais conceituadas operadoras brasileiras, com sede em Brotas, apresentou algumas normas internacionais que a empresa já segue e afirmou que são bem próximas das que estão sendo criadas no Brasil. Por fim, Gabriel Werneck do Rio Hiking falou sobre a norma de informações mínimas aos clientes, como nível de dificuldade da atividade, existência ou não de seguro, entre outras.

O simpósio teve a participação internacional de representantes da Adventure Travel Trade Association (ATTA), entidade americana dos empresários de turismo de aventura, com filiados no mundo todo, vieram comentar qual é a visão internacional do Brasil a respeito do turismo de aventura. Segundo Shannon Stowell, da ATTA, o país está começando a ser descoberto pelo turismo internacional desse segmento. Ele ressaltou a diversidade de biomas a serem explorados, e que o Brasil não é “só sol e praia, como a maioria conhece”.

O evento foi finalizado com um painel sobre o apoio do Ministério do Meio Ambiente, o Ministério do Turismo e o IBAMA no Programa Aventura Segura. Houve ainda uma discussão sobre o papel da imprensa na disseminação de informações no turismo de aventura e uma palestra sobre Acessibilidade de deficientes físicos no turismo de aventura.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa