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Só os deuses do rali podem ajudar Palmeirinha


Paulo Nobre conta com ajuda divina para ser campeão (foto: Isaias Miciu)

OK, ainda falta uma etapa. Mas se nenhum fato inusitado acontecer até o final dela, Guilherme Spinelli e Youssef Haddad se consagram amanhã campeões do Rally dos Sertões 2011. Mesmo vencendo hoje, a dupla Paulo Nobre (Palmeirinha) e Filipe Palmeiro ainda está 32 minutos atrás de Guilherme e Youssef no acumulado uma diferença muito difícil de ser tirada se ambos os carros acelerarem dentro dos conformes na final.

“Hoje viemos com cuidado, principalmente nos últimos 50 quilômetros, um trial bem difícil. (…). Não estamos nos sentindo campeões, de jeito nenhum. Amanhã é uma especial que vale tanto quanto as outras”, disse Guiga ao Webventure, na final da etapa, que completou em terceiro, com 3h39min30 em segundo chegou Klever Kolberg e Flávio França, com 3h36min49.

Já Palmeirinha, que venceu com 3h33min53, sabe que só um milagre pode lhe dar o campeonato. “Amanhã é fazer a lição de casa. E estar na hora e lugar certo. Se os deuses do rali quiserem, a coisa [a vitória] cai no nosso colo”, disse. “Rali é uma caixinha de surpresa, só acaba quando termina”.

E o piloto reconhecido pela cor verde de seu carro (e de seu uniforme, e de seu capacete, e de tantos outros objetos em homenagem ao time paulista Palmeiras) aproveita para agradecer o bom desempenho de seu navegador, Filipe. “A gente tem um entrosamento muito bom. Só é possível [estar em segundo na prova] graças ao trabalho dele e de nossa equipe”. E desabafa, na sequência: “Mas, eu estou contando as horas para acabar o rali. Nossa senhora, como eu estou cansado!”.

Enquanto isso, na pró-etanol
Até dois dias atrás, a dupla Klever Kolberg e Flávio de França não tinha muitas esperanças de vencer o Rally dos Sertões 2001 na categoria pró-etanol, formada por carros fabricados no Brasil. Mas, tudo mudou depois de hoje, quando o carro de seu principal adversário, Reinaldo Varela, teve um problema mecânico que o pôs na 28º posição da etapa.

“Por causa deste problema inusitado [pedras que atingiram a coluna de direção do veículo], tivemos que andar uns 120 quilômetros em baixíssima velocidade. Demoramos uma hora e meia a mais do que seria normal, mas não desistimos”, disse Varela, por meio de sua assessoria. Ele corre com o navegador Eduardo Bampi.

Klever não concorda. “Eu acho que estamos aqui por que todo o nosso grupo trabalhou, e não por que houve problemas com os adversários”, disse ao Webventure. E complementa, defendendo a classe de carros nacionais diante dos importados de Guilherme e Palmeirinha, que estão na sua frente no acumulado. “Se todos tivessem com carros brasileiros, a disputa seria mais interessante.”

Com a coloboração de Andrei Spinassé, direto de Sobrasl (CE)

Este texto foi escrito por: Marilin Novak*