Um alpinista mexicano entregou na quarta passada (23/02) a carteira, jaqueta e outros objetos pessoais de um dos 16 sobreviventes do mais trágico acidente de avião que aconteceu na Cordilheira dos Andes, há 32 anos. Os objetos pessoais eram do uruguaio Eduardo Strauch, que sobreviveu 72 dias no alto da cordilheira coberta de neve.
O vôo levava os jogadores de um time de rugby do Uruguai para uma partida amigável em Santiago, no Chile. Strauch – hoje um arquiteto de 57 anos e pai de cinco filhos – era um dos jogadores e voava com o restante da equipe, parentes e amigos, quando o avião bateu nas montanhas, em 12 de outubro de 1972.
Os sobreviventes foram salvos depois que dois deles conseguiram chegar a pé até o lado chileno das montanhas, um dos pontos mais altos da cordilheira, para pedir ajuda.
O acidente ficou famoso depois que foi descrito no livro “Alive: a História dos Sobreviventes dos Andes”, que relata a experiência do grupo e depois foi dramatizado em um filme de Hollywood. O livro e o filme contam que o grupo teve que comer carne humana para sobreviver por mais de 70 dias em uma temperatura de até 25 graus abaixo de zero.
Milagre dentro do milagre – É um sentimento impossível de descrever”, afirmou Strauch à agência internacional Associated Press. “É incrível que este episódio continue vivo”. Para o arquiteto, o fato de alguém encontrar seus pertences por acaso depois de tantos anos constitui um “milagre dentro de um milagre”.
Strauch contou que recuperar os objetos trouxe de volta memórias da luta pela sobrevivência. Entre os pertences, também estavam um passaporte, uma carteira de identidade, um óculos de sol e US$ 13 em notas antigas, que, com o passar do tempo, se tornaram quase cinzas.
Este texto foi escrito por: Webventure