SOS Mata Atlântica cruza chegada (foto: David Santos Jr./ Brasil Wild)
Na última sexta (16), a equipe SOS Mata Atlântica venceu a segunda etapa do Brasil Wild 2006, que aconteceu de 15 a 18 de junho, nas cidades de Carmo do Rio Claro, Guapé e Capitólio, na região da Serra da Canastra (MG). A equipe paulistana manteve a liderança durante toda a competição de 219,32 km, 16 postos de controle e 10 áreas de transição.
Para o integrante da SOS Mata Atlântica, Marcelo Macuco Magnanini, a disputa foi uma surpresa pois o time começou e terminou em primeiro lugar. Tivemos problemas, no entanto, empecilhos são normais em corridas de aventura. O nosso capitão e navegador, Márcio Franco, mandou muito bem e o apoio foi fundamental na estratégia e no estudo do mapa. Para mim, foi muito especial porque foi a primeira vez que eu ganhei uma prova, afirma.
Márcio avalia a orientação da competição como difícil, mas ao mesmo tempo interessante. A corrida foi rápida com muitas bifurcações que não estavam atualizadas no mapa. Quando o organizador não coloca todas as rotas na carta, exige mais atenção do navegador, o que torna a disputa mais interessante, completa.
A SOS Mata Atlântica chegou a abrir uma hora de vantagem em cima de seus adversários. Porém, a Mitsubishi Francis Hydratta Quasar Lontra (SP), que da 30ª posição subiu para o segundo lugar, vinha no encalço da líder. Por causa de um erro de navegação entre o PC 11/AT 8 (Lagoa Azul) e o PC 12 (Canyon dos Lagos), as equipes tiveram um contato visual durante a prova.
O atleta Marcelo Macuco, da SOS Mata Atlântica, conta que quando sua equipe seguia para o PC 11/AT 8, tinha uma pequena vantagem sobre a Quasar Lontra.
“Eu peguei o mapa do PC 12 para o PC 13/AT9 (Clube Náutico de Furnas), ao invés do correto, que era o do PC 11 para o PC 12”, justifica. “Até determinado ponto, eu estava indo certo, mas depois percebi o meu erro. Voltamos remando rápido, cumprimos a perna e quando íamos para o PC 12, encontramos a Quasar Lontra se dirigindo ao PC 11, conclui.
Como um bom capitão, Márcio tenta amenizar o deslize do colega. O Macuco está começando a orientar. Decidimos colocá-lo na canoagem porque a navegação era a mais fácil. No entanto, ele ficou um pouco ansioso, trocou as cartas e acabou passando da entrada. Essa foi a nossa única falha na orientação e esse tipo de erro é comum, explica.
Mesmo com o equívoco, Macuco avalia o encontro como bom, pois a sua equipe percebeu que o principal adversário não estava a uma hora atrás, mas sim a apenas 15 minutos. Depois disso, apertamos a navegação do último trekking, recorda.
O trecho mais difícil para a equipe foi a última perna de mountain bike entre o PC 16/AT 10 (Pedreira/Chapadão da Babilônia) e a chegada. A SOS Mata Atlântica acreditava que completaria a modalidade em 4 ou 5 horas, mas acabou fazendo em quase 7 horas.
“A princípio, optamos por uma rota, contudo mudamos antes de começar”, diz Macuco. “Como o mapa não estava bem plotado, batemos um pouco de cabeça durante o percurso e depois resolvemos ficar com o primeiro caminho. De certa forma foi um atalho, mas um corte muito lento e não pedalável. Empurramos as bikes em alguns trechos e tivemos pneus furados.
Já Márcio lembra que o time só soube que era campeão ao chegar no pórtico. A Quasar Lontra não é uma equipe para ser subestimada, ela tem atletas bons e muito experientes. Apesar da rivalidade que rola no três, dois, um da largada, tenho uma amizade muito grande com eles, pondera.
A SOS Mata Atlântica cruzou a linha de chegada às 20h55 do dia 16 de junho e cumpriu a corrida em 33h38. Márcio Franco (capitão e navegador), Marcelo Macuco Magnanini, Cintya Gonçalves e Samuel Ferraz defenderam a camisa do time.
Acesse o site oficial da SOS Mata Atlântica no www.equipesosmataatlantica.com.br .
Este texto foi escrito por: Debora de Lucas