
Guilherme Spinelli no sétimo dia de rali na largada de Curuatã a Urbano Santos (MA) (foto: Cristina Degani/ www.webventure.com.br)
Direto de Cumbuco, Icaraí (CE) – A emoção tomou conta ontem (10/7) dos pilotos na chegada em Cumbuco, praia de Icaraí (CE), na chegada da 12a edição do Rally dos Sertões. Se por um lado Maurício Neves chorou a vitória que lhe escapou por um fio, Guilherme Spninelli não se agüentava como bicampeão. Vencedor da Geral de Carros e conseqüentemente de sua categoria, a SuperProduction, Guiga e Marcelo Vívolo cresceram ainda mais com a dobradinha dos colegas de equipe Ingo Hoffmann e Luiz Carlos Palú, que ficaram em segundo na Geral.
A história de Guiga remonta ao rali de Velocidade, quando foi vencedor diversas vezes desde 1991 e depois foi convidado em 1999 para competir na equipe Mitsubishi Racing pelo Cross-country. Logo de cara já ganhou o Rally dos Sertões daquele ano na categoria Production Diesel.
Em 2000, foi vice-campeão do Sertões na categoria Diesel; em 2001 foi vice-campeão na Geral; em 2003 sagrou-se campeão, sempre correndo com a picape L200. No ano passado, Guiga passou a correr de L200 Evolution.
Obrigado! – Na chegada em Cumbuco, o piloto não parava de agradecer: é emocionante chegar aqui e saber que todos foram fundamentais para minha vitória, disse Guilherme. Quero agradecer ao Giovani, o grande mentor do meu carro, aos meus amigos, familiares, pessoas presentes nas provas, aos jornalistas, àqueles que mandaram emails e telefonaram para me dar força. Chegar em Cumbuco e rever essas pessoas que colaboraram para o meu sucesso é uma das maiores emoções que posso ter.
Guiga comentou que em alguns momentos duvidou de sua vitória. Mas atribuiu à garra de seu navegador, Marcelo Vívolo, a força fundamental nessas horas, de acreditar no potencial deles e no carro para a conquista do título de vencedores em 2004 do Rally dos Sertões.
Foi mais uma vitória suada, sofrida, cheia de emoção. A disputa com o Maurício Nves não estava fácil e no quinto dia de rali ficamos numa erosão. Acabamos perdendo muito tempo, com uma desvantagem de 25 minutos. O Sertões é um rali longo, cada dia uma história, uma expectativa. O Marcelinho me ajudou muito, dizendo para eu acreditar na gente, em num momento que não tinha mais esperança, conformado com o segundo ou terceiro lugar. Agora é agradecer a todos as energias positivas; é um momento de confraternização com minha equipe, agradeceu Spinelli.
Este texto foi escrito por: Cristina Degani
Last modified: julho 11, 2004