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Stephane Peterhansel confia em jogo de equipe para vencer o Dakar

Redação Webventure/ Offroad

Peterhansel no acampamento em Buenos Aires (foto: Tom Papp / Webventure)
Peterhansel no acampamento em Buenos Aires (foto: Tom Papp / Webventure)

Direto de Buenos Aires – Com nove títulos no Dakar três nos carros e seis nas motos o francês Stéphane Peterhansel começa uma nova fase na prova em 2010. Irá assumir o volante de um dos veículos da BMW X-Raid para esta edição, e confia no trabalho em equipe, principalmente em seu colega, o piloto espanhol Nani Roma, para a décima vitória no Dakar.

“Nani e eu somos muito amigos há tempos. Desde a época de moto, depois andamos cinco anos juntos na Mitsubishi, e agora na BMW. Há um clima muito bom entre nós, assim como com nossos navegadores. Cada um fará sua melhor corrida, mas tenho certeza que se eu estiver brigando por posições e precisar de ajuda, ele vai parar. Assim como eu também o ajudarei se precisar. Acredito que o clima nesta equipe é melhor do que o da Volkswagen, por exemplo, e isso pode ser um diferencial”, disse o piloto francês.

Atual campeã da prova, a equipe Volkswagen é a principal ameaça, de acordo com Peterhansel. Ainda mais pelo fato de os dois times não se enfrentarem em 2009. “As provas em que fizemos com a BMW, a Volks não participou, e vice-versa. Não sabemos qual é o nível deles para este ano, mas acreditamos que estejam fortes. Vamos ver nos primeiros dias”, completou.

O francês não terminou o Dakar 2009, após uma capotagem e problemas mecânicos. Ainda assim, saiu da Argentina com críticas à organização. “Ano passado a corrida foi boa, mas com alguns erros da parte da trilha. Nos dois primeiros dias, por exemplo, o percurso foi exageradamente rápido nos Pampas argentinos sem nada de interessante para nós. E com muita poeira dos pilotos de moto. Não era fácil ultrapassar uma moto, além de perigoso”, reclamou. Para este ano, porém, Peterhansel está mais animado. “Tenho certeza que será melhor. Escolheram o caminho baseados nos acertos do ano passado. Fiquei contente em ver o roteiro, que passa em regiões bem remotas. Será bem interessante tanto do lado esportivo quanto nas paisagens”, resumiu.

Para ele, a mudança de sentido da prova e mais dias no Chile este ano favorecem a competição. “No início teremos deslocamento até próximo de Córdoba, onde já é possível fazer uma prova boa, e os dois primeiros dias serão com percursos diferentes para moto e carro. Fora uma permanência maior no Deserto do Atacama, local de completo ‘off-road’, com orientação difícil e dunas bem difíceis. Será mais interessante este ano”, disse o piloto.

O carro – Depois de quatro anos pilotando uma Pajero, e o Lancer do ano passado, ambos da equipe Mitsubishi, Peterhansel irá fazer o Dakar com a X3 da BMW. O carro é inteiro preparado pela X-Raid, equipe em que o francês faz parte desde março deste ano. “O carro é muito bom, fiquei surpreso quando testei pela primeira vez, em Dubai. O motor tem muita potência e muito torque, é muito fácil para cruzar as dunas, mas ainda assim, na época, alguns detalhes não eram bons para mim. Então trabalhamos nele o ano inteiro, trocamos algumas peças, e agora está perfeito, estou muito feliz”, contou.

Um dos engenheiros da X-Raid, o português Felipe, conta que a presença de Peterhansel ajudou no desenvolvimento do carro. “Ele é muito técnico e tem um ‘feeling’ muito bom. Em seis meses de equipe com ele, desenvolvemos mais o carro do que nos dois últimos anos”, afirmou o engenheiro. Ainda segundo Felipe, as únicas peças originais do veículo são os faróis, as maçanetas de porta e o sistema de abertura do porta-malas. Todo o resto é feito sob medida na X-Raid. O motor é BMW, mas de fabricação austríaca, movido à diesel, bi-turbo.

“As expectativas desse ano são as mesmas dos anos anteriores. Acho que temos condições de ganhar a corrida, o carro consegue vencer. Nunca é fácil, mas esse é o objetivo do time”, concluiu Peterhansel.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa/ Webventure

Last modified: dezembro 30, 2009

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