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Subaru lidera; natação foi complicada para alguns


Atletas na largada na EMA 2001. (foto: Agência Fotosite)

Para quem não estava lá, foi uma longa espera. Apesar de as equipes da EMA Amazônia terem deixado a cidade de Santarém (PA) nas primeiras horas deste domingo, a largada para a corrida só aconteceu às 11h locais (já eram 13h em Brasília). Os competidores devem virar a noite no trekking e, as equipes mais adiantadas, no mountain bike, para então chegar ao trecho de floresta.

O que era para ser um início tranqüilo, com uma travessia de 300 metros pelo rio Curuá-Una, tornou-se quase um pesadelo para alguns. O trecho estava no encontro do rio com o majestoso Amazonas, para onde alguns atletas foram puxados por causa da correnteza.

“Houve quem precisasse ser resgatado”, conta Massimo Desiati*, consultor do Webventure e que está trabalhando na organização das atividades de água. A equipe Fantástico, por exemplo, perdeu muito tempo porque o atleta Guilherme Rocha teve câimbras durante a travessia e foi um dos últimos a sair da água.

Espetáculo natural – Mas a etapa inicial reservou um belo presente: os competidores nadaram cercados por botos, animais característicos da Amazônia e que foram celebrizados pelo mergulhador Jacques Cousteau em visita à região. “Essa eu perdi. Estava preocupado em nadar para não deixar a equipe muito atrás”, disse Paulo Coelho, da Iram Hi-Tec.

Depois da natação, que terminou no PC (posto de controle) 2, os times seguiram para atravessar o Amazonas nas canoas locais, chamadas “catraias”. A equipe canadense Endurance teve problemas com a embarcação, que teria começado a afundar, e precisou voltar para trocar de canoa. Seus compatriotas da Subaru Outback, por outro lado, se deram bem e terminaram o trecho em primeiro lugar.

Acelerando – A liderança foi mantida no trekking, a fase seguinte, entre os PCs 3 e 4. Ao contrário da maioria das equipes, que preferiu andar margeando o Amazonas, os canadenses optaram por fazer o trecho por dentro da área de várzea e ganharam terreno. Segundo os integrantes da equipe, o trekking foi “difícil” e eles “deram sorte” de abrir vantagem pelo caminho escolhido.

Até as 20h45 deste domingo, tinham sido os únicos a completar já à noite o trekking, que termina com a travessia a nado de um canal para se chegar à cidade de Monte Alegre. Foram aplaudidos pela população calorosa da cidade.

Em segundo e terceiro lugar, respectivamente, andaram as brasileiras Lontra Radical e a N.X.R., que até então estavam no trekking. Depois, as equipes vão partir para um trecho de 80 km bike até o PC 6. Detalhe: alguns times podem receber suas bicicletas já montadas; outros poderão optar por receberem a caixa das bicicletas e terem de montá-las ali no PC 4. As equipes que escolherem receber a bicicleta montada terão uma penalização obrigatória de 15 minutos por bicicleta, aplicada no PC 5.

Pelo ritmo que apresenta, a Subaru poderá completar ainda nesta noite o trecho de bike e iniciar o trekking na floresta durante a madrugada. A maioria das equipes deve virar a noite no mountain bike.

Colaborou: Gustavo Mansur, de Monte Alegre (PA).

(*) Massimo Desiati tem patrocínio de Globalstar e BY.

EMA 2001 – a prova até o PC 17

PC 1 – natação;
PC 2 – canoagem (canoas locais);
PCs 3 a 4 – trekking;
PC 4 a 6 – mountain bike;
PCs 6 a 7 – trekking;
PCs 7 a 13 – trekking, com técnicas verticais nos PCs 9 (rapel) e 11 (escalada em rocha;
PCs 13 a 17* – canoagem (duck)

(*) as modalidades seguintes só serão reveladas neste PC.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira