Tino Viana piloto principal da equipe também veio da velocidade (foto: Fábia Renata)
Motor home equipado com geladeira, camas, mesa, televisão e até um vídeo-cassete que, segundo Wanderley Câmara, diretor da equipe, serve para inspirar os pilotos e navegadores quando estão descansando. A realidade das superequipes, ou melhor, dos times de fábrica, já faz parte do Rally dos Sertões para os melhores pilotos e navegadores do Brasil. A mais nova integrante da turma é a Subaru, que, como outras, também veio do rali de velocidade.
Enquanto se refazem das etapas, os integrantes da equipe assistem a fitas do Paris-Dakar e do próprio Rally Internacional dos Sertões, “para se educarem”, diz Câmara. O motor home também tem uma loja itinerante, que vende equipamentos e acessórios, como luvas e bala clavas, para os pilotos.
O motivo – A principal estratégia da equipe é chegar até Fortaleza e conhecer melhor o modelo Forester, que é a primeira vez que participa de um rali off-road, fato que surpreendeu as unidades mundiais da marca.
Quatro carros e quatro duplas de pilotos e navegadores fazem parte do time: três Forester, um de Tino Vianna e Edu Paula (218-TT2-N); outro de Carlos Guilherme Clauset (Cacá Clauset) e Jorge Nieckele (215-TT2)); e o terceiro de Marcelo Ackel Pinto (Zebra) e Stephen Allan Neale (217) – que atualmente lideram a categoria TT1.
O Impreza é pilotado por Maurício Neves e seu navegador é Rene Crovador Jr, que atuam como um “socorro rápido” para os colegas, já que o primeiro tem habikidades de mecânica e também navegação. Mas eles marcaram seus nomes no Rally vencendo o prólogo, em Jandira (SP), no último domingo.
A frota inclui uma picape de apoio, com três mecânicos, que acompanha as largadas e as chegadas, e uma Forester, que Cacá Clauset usou no Desafio Panamericano. Vinte componentes, peças para reparo e um chefe de mecânicos que foi para o Paris-Dakar com a equipe Troller completam a estrutura da equipe.
Cruzando a América – O Forester foi escolhido porque ganhou projeção nacional depois que Cacá Clauset fez o Desafio Panamericano – em maio, ele e Marcelo Spina entraram para o Guiness Book atravessando a América em tempo recorde: 18 dias, 1 hora e 11 minutos. Câmara afirmou que o Rally serve como uma clínica para conhecer o que o carro tem. Ainda não sabe se a equipe volta ano que vem, tudo depende dos resultados deste rali.
Assim como a equipe, o piloto Tino Viana veio do rali de velocidade e pela primeira vez está participando do off-road. Diz estar gostando bastante. Continuo no velocidade e, quem sabe, faça os dois. Faço também o campeonato brasileiro de protótipos, conta. Existe muita diferença entre o rali de velocidade e o off road? A principal dificuldade é que, no velocidade, eu consigo treinar antes o trecho e isso é o que sinto falta, saber exatamente o que eu tenho pela frente. Mas o rali é uma experiência nova e estou gostando bastante, afirma Viana.
Este texto foi escrito por: Fábia Renata
Last modified: julho 11, 2001
