Nora (AXN Atenah) já movimenta bem a mão que machucou durante o Eco-Challenge. (foto: Samir Souza / Arquivo Webventure)
Cinco mulheres do Brasil participaram deste Eco-Challenge nas Ilhas Fiji. Eleonora Audrá (Nora), Sílvia Guimarães (Shubby) e Karina Bacha são a base da AXN Atenah, completada por Eduardo Sarhan. Marina Verdini é a única integrante feminina da Canon Quasar Lontra. E Carmem da Silva ocupa a mesma posição na EMA Brasil. As duas últimas são as únicas que ainda estão na competição.
De um modo geral, esta edição tem sido de sofrimento para as meninas do Brasil. Na chegada ao Posto de Controle 8 (no total são 18 na prova), Marina Verdini chorava de dores e cansaço, segundo informações de Pietro Carlo, brasileiro que está em Fiji acompanhando a competição.
Na opinião da equipe Lontra, um dos trechos mais complicados até agora foi entre os PCs 6 e 8, onde era exigida muita navegação. Outro fator que tem contribuído para a eliminação de muitas equipes é o roteiro da prova ser muito molhado. A maior parte do trekking é feita dentro d´água. Caminhar com os calçados e roupas molhados favorece o aparecimento de bolhas e de fungos.
Os integrantes da Canon Quasar Lontra aproveitaram a Área de Transição do trekking para o mountain biking, onde estavam as bicicletas, para tratar dos pés e descansar durante duas horas e meia. Depois continuaram na disputa. De acordo com o ranking oficial divulgado após sete dias e mais de 17 horas de prova, o time está em nono lugar. A EMA Brasil de Carmem também segue firme no Eco-Challenge, em 19º.
Na AXN Atenah, Nora assustou a torcida ao abandonar a prova, no quinto dia, com uma infeccção que a enfraqueceu. Desde então está internada em um hospital em Fiji.
Tudo começou quando ela sofreu um pequeno machucado no pulso esquerdo por conta de uma bússola amarrada de forma improvisada ao relógio. O ferimento originou o quadro de infecção, com inchaço da mão e do braço. E a situação teria se agravado porque a atleta consumiu água impura.
Nora passou a delirar, teve febre alta, ficou desidratada, não conseguia mais andar e depois desmaiou. Depois dormiu cerca de uma hora até reiniciar a caminhada em direção a um dos Postos de Controle da organização, onde recebeu os primeiros cuidados médicos. Foi transferida de helicóptero para uma base mais equipada e em seguida para o hospital de Namaka.
Segundo Irene Delfilippo, mãe da atleta, Nora passa bem e já consegue mexer os dedos da mão esquerda com mais facilidade. As duas mantiveram contato por telefone, já que Irene está em São Paulo.
Mais gente internada – “A Nora disse que está sendo muito bem tratada e que a maioria dos participantes do Eco-Challenge está internada na mesma clínica para tratamento médico. Está cheio de gente na mesma situação”, contou a mãe.
Irene informou que a filha ainda não havia recebido da visita do médico até o início da manhã de sexta-feira, pelo horário de Fiji, e por isso não tinha qualquer informação sobre quando deixaria o hospital em Fiji. Os companheiros da Atenah também não tiveram a oportunidade de reencontrar Nora. Mesmo desclassificados por terem uma atleta a menos, eles tentaram seguir no percurso, como uma homenagem a Nora. Acabaram desistindo um dia depois.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: outubro 18, 2002