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Tchecos vencem terceira etapa, mas português se mantém na liderança com espanhol


Kristian Hynek chega seguido de perto por Luis Pinto (foto: Pedro Sibahi)

A terceira etapa da Brasil Ride foi um cross-country com cinco voltas de sete quilômetros cada, formato inédito no campeonato. O grande destaque do dia foi uma igreja, a qual os atletas tinham de cruzar por dentro, entre um trecho de empurra bike e um downhill muito técnico e cheio de adrenalina.

Quem levou esta rodada foram os vencedores da edição 2010, Kristian Hynek e Robert Novotny, da República Tcheca. Eles completaram a etapa em 1h37min23, mas estão em segundo lugar geral na categoria open, acumulando 8h42min51.

O estágio contou com uma diferenciação na cronometragem, pois os membros de cada dupla podiam se distanciar sem limites. No final, foi tirado o tempo médio entre cada um. (Clique aqui para detalhes das outras etapas.)

Na segunda posição vieram os brasileiros Josemberg Pinho e Raphael Mendes, com 1h38min22. Eles acumulam a primeira colocação entre equipes nacionais e o terceiro lugar geral na categoria open, com 9h07min53.

Apesar de Luis Pinto ter finalizado a prova colado em Kristian, o tempo de Alejandro Lopez não foi tão bom e a média da dupla ficou em 1h39min16, valendo um terceiro lugar. Na classificação geral eles continuam líderes do campeonato, acumulando 8h42min51.

Para o cearense Diego Almeida Ferreira, que terminou em 22º, esta etapa não foi das mais difíceis. “Foi pesado, mas a gente está acostumado a rodar provas assim no Ceará. Lá tem muita subida, muita pedra, o terreno é bem propício para esse tipo de competição, então a gente tem uma grande vantagem”, gabou-se. Diego ainda deu uma volta no próprio companheiro, Juvenal Batista, e a dupla terminou com o tempo médio de 2h26min30.

Gustavo Astolphi, paulista da equipe Ciclo Urbano, destacou o trecho onde era preciso empurrar a bike como o mais duro, principalmente por causa da areia e das pedras soltas. “Mas depois vinha uma descidinha maravilhosa: um presentinho para quem subiu isso aí”, completou.

Apesar de ter sido aproveitada por vários atletas, a principal descida do percurso assustou muitos outros, que levaram a bike na mão. “Eu tive uma concussão duas semanas atrás e o preço por cometer um erro é potencialmente bater sua cabeça. Se você bate a cabeça duas vezes no mesmo mês pode ter danos permanentes. Então preferi ir devagar, deixando meu ego para trás, descendo a pé e não me envergonhando disso”, contou Sonya Looney, com bom humor mesmo depois de um começo de campeonato atribulado.

Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi, direto de Mucugê (BA)