A função das técnicas de segurança é evitar quedas e acidentes (foto: Apostila do CEB)
Conheça abaixo as principais técnicas de segurança em escalada. Lembre-se, porém, de que o montanhismo exige técnicas que só são adquiridas com treinos e tempo. A falta desses conhecimentos pode ter conseqüências fatais. Por isso, caso queira iniciar-se no esporte, procure clubes e instituições reconhecidos.Clique aqui e conheça alguns deles.
As técnicas de segurança compreendem o conjunto de medidas tomadas com o intuito de reduzir os riscos de queda e acidentes na escalada, bem como atenuar suas conseqüências.
A segurança é realizada do guia para o participante, isto é, de cima para baixo, ou do participante para o guia, sendo, neste caso, de baixo para cima. Aquele que presta segurança deve estar firmemente preso em um ponto de proteção (grampos, por exemplo), executando as manobras e observando atentamente o deslocamento do seu companheiro. Este, ao chegar ao ponto de parada, logo se prende e passa, por seu turno, a executar as operações de segurança necessárias ao deslocamento do outro componente da cordada (conjunto de escaladores unidos entre si por uma ou mais cordas).
Atualmente as formas de dar segurança mais comumente utilizadas são as realizadas com o auxílio de equipamentos como o freio oito, ATCs e placas GiGi, subsitiuindo as clássicas seguranças de ombro ou com nós.
Na falta de equipamentos existem algumas alternativas de prover segurança durante a escalada de seu companheiro como a Segurança de ombro ou Segurança com nó UIAA.
Segurança de ombro – A corda proveniente de quem recebe segurança passa sob uma das axilas de quem presta segurança, cruza suas costas e passa sobre seu ombro oposto; os movimentos de bloqueio da corda são controlados por ambas as mãos. Esse método é empregado em lances de pouca dificuldade ou quando não for necessária uma segurança dinâmica aprimorada, como é o caso da segurança do guia para o participante.
Segurança com nó UIAA – Essa técnica utiliza o nó UIAA devidamente aplicado em um mosquetão, permitindo que a corda seja movimentada ou bloqueada com facilidade. O mosquetão deve encontrar-se preso em um ponto fixo, geralmente unido a grampos com fitas ou à cadeirinha do participante. Possui características dinâmicas muito boas, sendo por isso indicada para a segurança em geral, principalmente do participante para o guia.
Segurança com aparelho – Nesse método emprega-se uma peça metálica para criar atrito e bloquear a corda. A peça deve ser presa ao baudrier de quem presta segurança, usando-se para isso um mosquetão com trava de rosca. Outra peça também empregada é a plaqueta, tratando-se nesse caso de uma placa com orifício alongado onde se insere a corda, que é passada depois pelo mosquetão. Tanto no oito quanto na plaqueta, o bloqueio se faz por meio de um movimento de abertura dos braços, feito por meio de um movimento de abertura dos braços.
Esta dica contou com a consultoria de Nelson Barretta. Montanhista há mais de 15 anos, Barretta é associado da Gecko Outdoor Consulting e atua na área de educação ambiental desde 1990.
Este texto foi escrito por: CEB – Centro Excursionista Brasileiro
Last modified: dezembro 5, 2001