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Técnicas para corredeiras


Localização no rio é sempre definida pelo sentido da correnteza (foto: Massimo Desiati)

O primeiro passo para entender as técnicas em corredeiras é saber como se localizar no rio. A localização no rio é sempre definida pelo sentido da correnteza. A direita ou a esquerda são sempre em relação à correnteza e não à sua posição.

Inércia – O bote mais as pessoas formam um conjunto muito pesado que cria uma inércia muito grande, que deve ser considerada na hora da manobra. Quanto maior a velocidade maior a inércia. Logo, procure sempre diminuir a velocidade do bote e antecipar ao máximo a manobra para que a inércia não o leve para fora da sua linha.

Manobras principais – Existem duas manobras principais utilizadas para descer um rio. Estas manobras tem uma série infinita de combinações e nomes para as suas variação. Aqui, serão mostradas as principais e mais conhecidas.

Ferring – É utilizado para se movimentar lateralmente dentro do rio ou atravessar uma corredeira sem que o bote desça o rio.

A posição do bote em relação à corrente deve ser estabelecida de acordo com o sentido da corrente e o ponto aonde se quer chegar. De acordo com a velocidade da água e os obstáculos no caminho, pode-se optar em executar o ferring, de frente de ré.

Se a posição do bote é de 45º em relação a corrente ocorre um forte deslocamento lateral mas o bote perde velocidade, com 15º o bote se desloca lateralmente mas não perde muita velocidade. Para se atravessar uma correnteza de um lado a outro do rio utiliza-se os 45º.

Giro – É muito utilizado para auxiliar nas manobras no meio das corredeiras. Através de remadas em frente de um lado e em ré do outro lado, o bote gira rapidamente desviando de obstáculos, e se posicionando para tomar uma nova direção.

Os remansos são muito úteis durante a descida. Servem para diminuir a velocidade, ajudar a atravessar o rio, observar a próxima corredeira, etc. É importante conhecer bem o comportamento dos remansos para poder aproveita-los bem. O remanso tem a parte alta que é a mais forte, no meio a parte mais funda e a parte de baixo, que é mais fraca.

Pode-se utilizar um ferring para cruzar o rio aproveitando o remanso ou ainda continuar a descida saindo do remanso. Quando a linha de remanso é muito forte fica difícil de entrar nele. Por isto é importante fazer uma boa aproximação para não passar direto.

Este texto foi escrito por: Massimo Desiati, especial para o Webventure