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Tecnologia leva informações rápidas aos internautas

Redação Webventure/ Offroad

Jornalista trabalhando centro de imprensa montado em Atar  na Mauritânia; informações são rápidas e precisas. (foto: Ricardo Ribeiro/ ZDL/ AE)
Jornalista trabalhando centro de imprensa montado em Atar na Mauritânia; informações são rápidas e precisas. (foto: Ricardo Ribeiro/ ZDL/ AE)




Bamako (Mali) – Muita gente se pergunta como informações sobre o Rally Paris-Dakar 2001, realizado em pleno deserto do Saara, chegam tão rápidas às telas dos internautas que acompanham a prova. Nos bastidores da maior e mais difícil competição off-road do mundo, um sofisticado esquema de comunicação é montado, com rádios e satélites, e tudo pode ir para o mundo em questão de minutos.

No meio das etapas cronometradas são montados postos de controle, onde os competidores precisam carimbar um cartão de prova, o que comprova que o piloto não pegou um atalho. Conforme cada concorrente vai passando, imediatamente é enviada a informação para o acampamento do rali, montado nos aeroportos das cidades.

Em seguida, é impressa uma listagem onde mecânicos, chefes de equipe, jornalistas e organizadores podem saber a atual situação de cada competidor. Esses dados também são disponibilizados no site oficial do rali (www.dakar.com) em tempo real.

Com essa listagem atualizada freqüentemente ainda durante cada etapa, jornalistas do mundo inteiro que acompanham a prova podem saber como estão os pilotos de seus países naquele momento. E foi graças a essa tecnologia que foi possível descobrir que o piloto Klever Kolberg teve problemas mecânicos com seu Mitsubishi Pajero Full e não passou em um dos postos de controle na etapa da volta a Tidjikja, na Mauritânia.

Depois vem a outra pergunta: como se soube que o carro de Kolberg quebrou a tração dianteira se ele estava no deserto, longe de tudo e de todos? O diretor do rali, Hubert Auriol, sobrevoa o trecho cronometrado em helicóptero e desce toda vez que vê um carro, moto ou caminhão parado. Depois de descobrir o problema, ele passa um rádio para a base montada no aeroporto, informando a situação e a localização exata do infeliz concorrente.

Aí, uma outra lista é atualizada no quadro próximo à tenda de imprensa. O relatório de cada competidor é bem simples, com duas ou três linhas no máximo. E diz mais ou menos assim: “Carro número 229 (Kolberg) está parado a dois quilômetros do posto de controle 2, com a tração dianteira quebrada”. A informação curta e grossa estava anunciando o fim do tão sonhado título para o Brasil na categoria Carros. Afinal, Kolberg liderava a categoria Diesel desde a largada na França, dia 1º de janeiro.

Este texto foi escrito por: Ricardo Ribeiro

Last modified: janeiro 17, 2001

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