Estande da Free Way na Adventure Fair. (foto: Jorge Nicola/Webventure)
Aos poucos, os esportes de aventura vão atraindo diversos setores da população brasileira. Há alguns anos praticar trekking, montanhismo ou rafting era um lazer exclusivo de jovens das classe A e B. Mas essa realidade mudou e até pessoas de idade mais avançada hoje se aventuram.
Atenta às novas tendências do mercado, a agência de turismo Free Way lança para este final de ano pacotes apenas para pessoas da terceira idade. O primeiro deles acontece de 21 a 23 de novembro, e tem como destino a cidade de São Luís do Paraitinga, explica Thiago Rodrigues.
Segundo a agência, os senhores e senhoras que comprarem o pacote terão quase tanta adrenalina quanto se estivessem viajando junto dos grupos dos jovens. Serão os mesmos passeios, pelas mesmas trilhas. A única diferença é que evitaremos os pontos radicais, acrescenta Danielle Cavalcante, que também trabalha na Free Way.
As pessoas da terceira idade que forem a São Luís do Paraitinga ainda terão outros atrativos, típicos da idade. Fizemos uma pesquisa grande em clubes da terceira idade e vimos que eles esperam também terem espaço para jogos de cartas e afins, afirma Thiago.
Depois de São Luís do Paraitinga, haverá passeios para Chapada dos Veadeiros, Ilha do Marajó e Santo Amaro da Imperatriz.
De volta à ativa – A reportagem do Webventure aproveitou a Adventure Fair para saber um pouco mais dos idosos sobre essa ligação com os esportes de aventura. O aposentado Vahakn Dzerounian, de 64 anos, relembra com saudades dos tempos em que acampava.
Eu fazia muito trekking, montanhismo e mergulho. E adorava, afirma Vahakn. Mas em 1983 acabei me casando e minha mulher não assimilou bem a história de ir para a trilha. Aí, depois que casei, acabou a farra, lamenta o ex-praticante de esportes de aventura, com saudade.
Ademir Marques e Dalva Lente estão na contramão de Vahakn. Depois de namorarem há 30 anos, eles se reencontraram nove meses atrás e estão novamente juntos. A nova união está os recolocando de volta aos esportes não convencionais. Queremos aproveitar o verão para voltar a acampar e fazer trilhas, conta Ademir.
Eles já têm até um jipe. E viemos à Adventure Fair para comprar barracas e outros equipamentos que usaremos durante nossas trilhas, explica Dalva.
Este texto foi escrito por: Jorge Nicola
Last modified: novembro 18, 2003