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Tiago Fantozzi: ansiedade e comemoração


Tiago Fantozzi: poupei a mim e ao equipamento para vencer (foto: André Chaco)

Hoje, no final do Rally Internacional dos Sertões em Fortaleza (CE), ele era o centro de todas as atenções. Microfones, flashes, gravadores, todos apontados para o mesmo rapaz sorridente. Tiago Fantozzi, de 21 anos, conquistou a vitória nas motos do Rally Internacional dos Sertões, maior prova off-road da América Latina.

Em seu terceiro Sertões, Fantozzi provou que persistência é, muitas vezes, a palavra chave para bons resultados. Este ano, logo na sexta etapa, a primeira boa surpresa: o piloto conseguiu vencer sua primeira especial no Sertões. “Esta vitória teve um gosto especial pois foi nela que deixei a prova no ano passado. Eu pude perceber o quanto havia aprendido”, explicou em entrevista exclusiva ao Webventure.

Foi a partir desta vitória que a ansiedade e a preocupação de Tiago começaram a aumentar. Na sétima etapa, quando o então líder Juca Bala foi penalizado em três horas por deixar de passar por um PC, Fantozzi assumiu a dianteira na geral das motos. “Daí para frente, foi só administrar. Eu não barbarizei, não corri feito louco. Procurei poupar a mim mesmo e ao equipamento para poder vencer”.

Na areia, para a festa – A etapa de hoje foi a de maior grau de ansiedade para o piloto. Minutos antes da largada, Tiago chegou a afirmar que preferia que “hoje já fosse sábado”. Um erro nas dunas de Fortaleza (CE) poderiam tirar dele o sonhado título no Sertões 2001.

O maior temor era o de deixar de passar por algum posto de controle e, por isso, ser penalizado. Como não tinha experiência em navegação com GPS, a utilizada na etapa, usou a estratégia de andar em grupo. Junto com Dimas Mattos e Lely Rebeh Jr. , passou por todos os PCs e garantiu a vitória.

“A etapa foi linda. Agora, é comemorar muito. Acho que todo mundo que consegue chegar ao final de uma prova como o Sertões deve comemorar, porque as dificuldades são muitas. Vencer aqui é algo realmente maravilhoso”, afirmou.

Colaborou: Bruno Doro.

Este texto foi escrito por: Debora de Cassia*