Bandeirada para o segundo lugar de Édio Füchter e João Gomes. (foto: Cronospeed)
A dupla Tino Vianna e Edu de Paula venceu o 22º Rally Seat da Graciosa, encerrado neste domingo à tarde (07/07), em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, no Paraná. Com boa atuação, Tino e Edu, que há mais de um ano não venciam uma prova, mantiveram boa regularidade nas quatro especiais de hoje e repetiram a vitória obtida no sábado. Não deram qualquer chance a Édio Füchter e João Gomes, a dupla da Subaru que terminou em segundo lugar na categoria N4.
Mesmo assim, Füchter e Gomes assumiram a liderança geral e da N4 do Campeonato Brasileiro de rali de velocidade. A partir desta prova, uma das mais tradicionais da modalidade, a equipe Mitsubishi está fora do campeonato. Com Ulysses Bertholdo e Alberto Zoffman, ela obteve o título brasileiro de 2002, mas a diretoria de competições da fábrica preferiu concentrar forças no rali cross-country.
Tino afirmou que reencontrar a vitória lhe deu novo fôlego. “Estava um pouco desanimado com o campeonato, pois estávamos preocupados com o desenvolvimento do carro e, nas etapas anteriores, tivemos problemas para acertá-lo. Essas vitórias consecutivas nas duas etapas foram uma verdadeira injeção de ânimo. Agora começamos realmente a disputar o título, disse Tino.
Muita animação – Para o navegador Edu Paula, vencer o Graciosa representa uma satisfação muito grande, pois esta é o mais tradicional prova de rali do Brasil. Já sambei, já patinei e não paro de comemorar, pois fazia mais de um ano que não ganhávamos. Viramos a nossa maré de má sorte e os outros podem esperar porque ainda tem muito rali pela frente e vamos buscar a recuperação completou o empolgado Edu.
A liderança geral e da categoria N4 do Campeonato Brasileiro de Rally de Velocidade trouxe muita alegria à dupla Füchter/Gomes mas, ao mesmo tempo, trouxe uma gostosa preocupação. É gratificante estar em primeiro lugar no geral, mas essa é a posição menos tranqüila, pois agora aumenta a pressão e a cobrança pela permanência na liderança, avaliou o navegador João Gomes.
Para o Édio Fuchter, o percurso do Graciosa está entre os melhores do Brasil. Muito rápido e técnico. Mesmo com chuva, chegamos a andar a mais de 200 km/h e média horária por volta dos 130 km/h. Temos cerca de 10 pontos de vantagem para os vice-líderes, o que é pouco. Nossa perspectiva de ganhar o campeonato é muito grande, disse.
Azar – Enquanto as duplas Tino/Edu e Fuchter/Gomes festejavam os bons resultados, Paulo Vignolli e Nilo de Paula reclamavam da falta de sorte. Logo na primeira especial deste sábado, eles tiveram um problema no rádio e o carro capotou cerca de dois quilômetros depois da largada da primeira especial.
Determinados a se manter entre os primeiros, eles mandaram vir um carro do Paraguai para correr neste domingo. Mais uma vez a sorte não esteve ao lado da dupla e um fusível queimado os obrigou a abandonar na segunda das quatro especiais do dia.
Fizemos um esforço enorme para trazer o carro que estava em Assunção (capital do Paraguai). Mandamos um motorista de Curitiba rodar 1.800 quilômetros para trazer o carro, que ficou pronto dois minutos antes da largada. Fomos traídos por um pequeno fusível que custa menos de R$ 10. Todo o esforço da equipe foi anulado, lamentou Vignolli.
Cada dia do Graciosa valeu como uma etapa do Brasileiro de velocidade. Respectivamente, a quinta e a sexta etapas.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: julho 7, 2002
