O campeão do Rally dos Sertões 2011 Tom Rosa (foto: Andre Chaco)
Eles têm de controlar duas rodas a mais que os pilotos de moto, mas não chegam a ter toda potência e segurança de um carro. Assim Carlos Lua, assessor de imprensa do Rally dos Sertões, definiu o trabalho dos pilotos de quadriciclo, durante a coletiva de imprensa da prova, que terminou hoje.
A modalidade foi vencida por Tom Rosa, com o tempo acumulado de 39h59min13. Este ano, a prova foi mais difícil que ano passado, que eu também participei, disse Tom, que também destacou a navegação como ponto chave. Num Rally dos Sertões, ela é muito importante para que você chegue à final com uma vantagem boa em cima dos seus concorrentes.
E Tom mandou bem na planilha: o segundo colocado, Leonardo Vieira Franco, fez a prova com pouco mais de 3 horas a mais que o campeão: 43h27min3. Quando saí de casa, meu plano era: quero ir, andar os 10 dias e voltar sem ter me machucado, contou na coletiva. Ser vice, depois do Tom Rosa, um ícone do quadriciclo, é um prazer. Estou muito satisfeito com o segundo lugar.
O estreante Leo também contou que decidiu participar da corrida quando assistiu à largada do rali em 2010, em Goiânia (GO). Acho que este [correr os Sertões] é o sonho de todo piloto de jipe, moto e quadriciclo. E eu me programei para chegar aqui hoje. Em terceiro ficou José Demontier Moura, com 43h45min2.
Lições, treinos e Dakar
O que eu aprendi este ano é que não adianta sair no rali acelerando igual a um doido. Tem que traçar uma estratégia, disse Leonardo.
E Tom ratificou. Não é mesmo só acelerar, como disse o Leo. Tem n coisas que se passam durante uma prova. No terceiro dia, eu machuquei a minha mão. Não foi a mão que acelera. Foi a da embreagem. Mas graças a Deus, consegui chegar até o final.
O campeão, que é cearense, também contou que treinou para a competição nos finais de semana e feriados. E que, pela primeira vez, fez academia para melhorar seu condicionamento físico. Cheguei ao final de cada etapa menos cansado.
E quando o assessor perguntou para os dois se eles pensam em ir ao Dakar, a resposta foi a mesma: pensar eles pensam, mas falta um patrocínio. Mas, se Deus quiser, o Rally dos Sertões vai abrir as nossas portas para isso, emendou Tom.
Colaborou Andrei Spinassé, direto de Caucaia (CE)
Este texto foi escrito por: Marilin Novak*
Last modified: agosto 19, 2011